Berzoini rebate críticas contra nomeações nos Correios

O presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini, e o candidato ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, rebateram hoje as críticas à nomeação de membros do PMDB para a nova diretoria dos Correios. Berzoini admitiu que existem elementos políticos ligados à decisão, mas negou que as indicações sejam reflexo de algum tipo de acordo relacionado à concessão de apoio nas próximas eleições.

"Em nenhum momento o PMDB pediu qualquer tipo de nomeação para fazer coligação nos poucos estados em que conseguimos alianças formais", disse Berzoini. De acordo com ele, foi feita uma "composição política natural", que considera o critério da competência dos peemedebistas que ocuparão cargos na estatal.

Berzoini disse ainda que a possibilidade de substituir a direção dos Correios vinha sendo estudada desde o ano passado e levava em consideração questionamentos de parte dos funcionários em relação à antiga direção, que estava instalada em caráter provisório. "A decisão de mudar agora obviamente tem aspectos políticos, mas há também uma necessidade de nomear uma direção para tocar a administração dos Correios de maneira definitiva", explicou o presidente do PT.

Mercadante, por sua vez, insistiu que a nomeação de membros de partidos aliados para cargos em estatais é "da natureza do processo democrático" e ocorre em todos os governos. "Você não faz um governo de coalizão com outros partidos sem que os partidos participem do governo", disse Mercadante. "E as estatais fazem parte da estrutura do Estado brasileiro.

Patrimônio

Os dois petistas também comentaram as notícias envolvendo a evolução do patrimônio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que praticamente dobrou entre 2002 e 2006. "É uma questão matemática", disse Berzoini. "Quem sabe fazer conta não estranhou em nada." Berzoini também ironizou a notícia de que Lula poderia ter ferido o Código de Conduta da Alta Administração Federal por possuir R$ 3.473,23 investidos na Petrobras, na Vale do Rio Doce e no Banco do Brasil. "Não dá para levar a sério", disse o deputado. "Alguém querer usar informações internas para valores na casa de R$ 3 mil seria uma estupidez completa", acrescentou.

Seguindo a mesma linha, Mercadante afirmou que todas as informações referentes ao patrimônio de Lula estão explicadas e que não há motivos para qualquer tipo de discussão em torno do tema. "Está totalmente explicado. Está até declarado, com toda a transparência. Não vejo nenhum questionamento de qualquer natureza.

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