BC informa que relação dívida pública e PIB caiu para 55,3%

A dívida líquida do setor público diminuiu R$ 2,584 bilhões em julho e soma, agora, R$ 945,659 bilhões, o que corresponde a 55,3% do Produto Interno Bruto (PIB), revelou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. Ele informou que é a melhor relação dívida/PIB desde abril do ano passado, mas admite que o índice deve se situar em torno de 56% no encerramento do ano.

A redução do saldo da dívida líquida, que era de R$ 948,243 bilhões (56% do PIB) em junho, é resultado da conjugação do superávit primário de R$ 6,614 bilhões com os R$ 6,3 bilhões de ganhos da valorização cambial no mês. Fatores que compensaram, com sobra, os pagamentos de R$ 10,4 bilhões em juros e contribuíram para a redução nominal da dívida pública.

Altamir Lopes lembrou que a relação dívida líquida/PIB já caiu 3,4 pontos percentuais do início do ano para cá, em decorrência da expansão do próprio PIB (crescimento das riquezas do país acima dos 3,5% inicialmente previstos) e do aumento do superávit primário, que tiveram efeito mais forte que a capitalização da dívida.

O relatório mensal de “Política Fiscal” de julho, divulgado pelo BC, mostra que também houve redução nominal da dívida bruta do governo geral, que inclui os governos regionais (estados e municípios). O total, que era de R$ 1,294 trilhão em junho, caiu para R$ 1,288 trilhão em julho, com queda de R$ 6 bilhões e conseqüente diminuição da relação dívida bruta/PIB de 76,4% para 75,4%.

Em contrapartida, a dívida mobiliária federal fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$ 759,2 bilhões (44,4% do PIB), com expansão de R$ 1 bilhão em relação a junho, como resultado dos R$ 10 bilhões em incorporações de juros menos resgates líquidos de R$ 7,3 bilhões em títulos e ganhos cambiais de R$ 1,7 bilhão.

Do total da dívida mobiliária em mercado, R$ 107,2 bilhões (14,1%) vencem ainda este ano, enquanto R$ 280,6 bilhões (37%) estão agendados para 2005. Os restantes R$ 371,4 bilhões têm vencimentos a partir de janeiro de 2006.

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