BC eleva previsão de expansão da agricultura e indústria

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita disse hoje que a instituição financeira revisou sua projeção de crescimento da agricultura de 2007 de 3,7% para 4,8%. A mudança, segundo Mesquita, foi provocada pela própria alteração da estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a safra agrícola deste ano, que deverá ter expansão de 11%. Para a indústria, a estimativa de avanço foi elevada de 4,7% para 5%. A previsão do BC para o setor de serviços em 2007 cresceu, ainda de acordo com o diretor do BC, de 2,4% para 2,5%.

Pelo lado da demanda, Mesquita disse que as estimativas para o consumo das famílias foram elevadas de 5,6% para 6%. O aumento, segundo ele, foi puxado pelo crescimento da renda real, pela expansão do crédito e pelo avanço da confiança dos consumidores.

Para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ou seja, o investimento, as previsões de crescimento do BC subiram 7,1% para 7,9%. Todas as projeções, segundo Mesquita, foram feitas ainda tendo como base o PIB calculado pela metodologia antiga do IBGE.

Incertezas

O diretor do BC afirmou que apesar das incertezas envolvendo o setor externo, a economia brasileira deve prosseguir na sua trajetória de aceleração. Segundo ele, o cenário econômico do Brasil é benigno, sustentado por fatores positivos como a elevação no consumo das famílias, na taxa de investimento e também na melhor oferta agropecuária, além das boas perspectivas para a indústria e os serviços.

Mesquita disse que o cenário favorável para a economia do País é respaldado pelo aumento na resistência aos choques externos, resultado da melhoria nos indicadores brasileiros de solvência externa. Segundo ele, é isso que garante que num ambiente volatilidade nos mercados internacionais o Risco Brasil, que mede o grau de desconfiança dos investidores da economia brasileira, se mantenha em níveis baixos.

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