BC eleva juro para 25,5% na primeira reunião do governo Lula

Na primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a taxa de juros Selic foi elevada de 25% para 25,5% ao ano, sem viés. Trata-se da maior taxa desde maio de 1999.

A decisão – unânime entre os diretores do BC – surpreende e, ao mesmo tempo, agrada ao mercado financeiro. A maioria dos analistas apostava na manutenção da taxa pelo BC, mas não escondia a preferência pela alta dos juros.

Com a divulgação da meta ajustada de inflação com a qual o BC vai trabalhar, de 8,5% para 2003 e 5,5% para 2004, analistas afirmaram que seria necessário um novo aumento da taxa básica da economia brasileira, a Selic, para que a meta fosse cumprida.

A projeção do mercado para a inflação neste ano é de pouco mais de 11%. O anúncio da meta ajustada abriu espaço para o movimento decidido hoje pelo Copom. Com essa decisão, Henrique Meirelles, que assumiu a presidência do BC no dia 7, deve ganhar mais credibilidade e confiança do mercado, para, num futuro próximo, retomar a trajetória de queda dos juros.

As razões para a alta serão conhecidas na próxima quarta-feira, quando será divulgada a ata da reunião. Os juros permanecerão estáveis até fevereiro, quando o Copom volta a se reunir.

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