BC alega parcimônia ‘desde já’ para reduzir juros

O cenário macroeconômico disponível neste momento justificava a mudança no ritmo de flexibilização da taxa de juros. É o que mostra a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central da semana passada, que reduziu a taxa básica de juros Selic em 0,25 ponto porcentual para 13% ao ano. Nessa reunião, o Copom diminuiu o ritmo de queda dos juros. Nas cinco reuniões anteriores, o comitê havia reduzido a taxa Selic em 0 50 ponto porcentual. Na ata, o Copom diz que é preciso de parcimônia "já" na redução dos juros.

"Tendo em vista os estímulos já existentes para a expansão da demanda agregada, as incertezas que cercam os mecanismos de transmissão da política monetária, a menor distância entre a taxa básica de juros corrente e as taxas de juros que deverão vigorar em equilíbrio no médio prazo e os cortes já implementados desde setembro de 2005, esses membros do Copom entendem que a preservação das importantes conquistas obtidas no combate à inflação e na manutenção do crescimento econômico, com geração de empregos e aumento da renda real, demanda que a política monetária seja conduzida com parcimônia já a partir desta reunião", afirma o documento, divulgado hoje pelo Banco Central. Na ata da reunião anterior, o Copom falava da necessidade de "maior parcimônia".

De acordo com ata, essa foi a opinião da maioria dos membros do Copom. Mas três membros do comitê votaram por uma redução de 0 50 ponto porcentual na taxa de juros, "entendendo que o balanço de riscos considerado ainda justificaria a manutenção desse ritmo". A ata pondera, no entanto, que houve consenso entre os membros do Copom de que diversos fatores respaldariam a decisão de reduzir a Selic em 0,25 ponto porcentual, contribuindo para "aumentar a magnitude do ajuste total a ser implementado". "Não houve consenso, entretanto, de que a redução do ritmo de flexibilização da política monetária deveria ocorrer a partir desta reunião", afirma a ata.

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