Depois de superada a batalha para a escolha do candidato à presidência da República, o PSDB entra agora em uma outra fase, que também promete ser muito agitada: a definição do nome que vai representar a sigla na sucessão ao governo do Estado de São Paulo. Um dos dirigentes da sigla informou que um forte movimento em prol do nome do prefeito da Capital, José Serra, começa a ganhar força no Estado. "O movimento que não ocorreu a nível federal (e que poderia ungir o nome de Serra para a disputa presidencial), está acontecendo espontaneamente a nível estadual", destacou uma outra fonte com acesso ao gabinete do prefeito.
O líder do governo estadual na Assembléia Legislativa e um dos articuladores da pré-candidatura de Geraldo Alckmin à presidência da República, deputado Edson Aparecido, afirmou que "o nome de Serra é inquestionável em qualquer disputa eleitoral" E complementou: "Em razão da grandeza e da representatividade que o Serra tem, se ele manifestar o desejo de concorrer ao Palácio dos Bandeirantes com certeza o partido não vai deixar de atender essa vontade."
Apesar dessas manifestações, o prefeito ainda não deu sinais claros de que possa entrar na corrida estadual. Mas boa parte da base da legenda no Estado espera convencê-lo neste sentido. Pela legislação eleitoral, Serra tem até o dia 31 deste mês para decidir.
Na próxima segunda-feira, a executiva do PSDB no Estado irá se reunir para definir os critérios de escolha do candidato à sucessão de Geraldo Alckmin. Caso Serra decida continuar na Prefeitura, a escolha entre os quatro pré-candidatos que estão no páreo – o vereador José Aníbal, o secretário municipal Aloysio Nunes, o deputado federal Alberto Goldman e o ex-ministro da Educação do governo FHC, Paulo Renato de Souza – poderá ser feita através de prévias. Dentre esses nomes, o mais resistente à idéia de abrir mão para uma eventual candidatura Serra é o do vereador José Aníbal. "Não há nenhuma motivação em recuar (da disputa) com base em boatos (do prefeito entrar na disputa estadual)", afirmou.