Balanço de irregularidades encontradas é apresentado por Requião

Um resumo de todas as irregularidades encontradas até o momento foi apresentado pelo governador Roberto Requião durante seu discurso na abertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (17). “É correto afirmar que houve deliberada omissão e ocultação de informações, não apenas para induzir o novo governo a erros e sim, principalmente, para esconder a realidade das coisas”, afirmou Requião.
A dívida total do Estado, que há oito anos era de R$ 870 milhões, pulou para R$ 20 bilhões. Restos a pagar, como contas de telefone atrasadas e a falta de pagamento à Embratel, que fazia a conexão da TV Educativa com o todo o Estado, já somam R$ 250 milhões e ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A terceirização de diversos setores do governo foi criticada pelo governador, que exemplificou os abusos na área da informática. Os contratos de informática terceirizados, sem licitação e faturados além do custo de mercado, até o momento representam R$ 100 milhões. “As investigações prosseguem e o montante de dinheiro envolvido pode dobrar o que já cancelamos”, alertou o governador.
A questão da compra de energia de origem térmica da CIEN, empresa argentina controlada pela espanhola Endesa, e da UEG Araucária, da americana El Paso, foi levantada por Requião. De acordo com o contrato firmado com a CIEN, a Copel paga US$ 28 por megawatt/hora, sendo que o valor de mercado não passa de US$ 1 por megawatt/hora.
Uma operação de aquisição de R$ 60 milhões em supostos créditos tributários adquiridos pela Copel da Olvepar foi questionado por Requião, que informou que a Secretaria da Fazendo do governo anterior deu baixa contábil na dívida, mas o dinheiro até hoje não entrou nos cofres do governo.

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