Balança registra maior superávit anual desde 1994

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou hoje os dados consolidados da balança comercial brasileira do ano passado, que registrou recorde histórico nas exportações: US$ 60,362 bilhões. As importações alcançaram US$ 47,232 bilhões, resultando em um superávit de US$ 13,130 bilhões, o maior saldo positivo desde 1994 (US$ 10,466 bilhões).

Em 2002, as exportações brasileiras cresceram 3,7% em comparação ao ano anterior (US$ 58,223 bilhões). Esse ano, a previsão do Governo é de aumentar as vendas externas em 10%, passando de US$ 60 bilhões para US$ 66 bilhões.

Os principais produtos da pauta exportadora no ano passado foram minério de ferro e soja em grão, representando cada um 5% do total vendido ao mercado externo. Em seguida, se destacou a venda de aviões (3,9%), farelo de soja (3,6%), aparelhos celulares (3,2%), automóveis (3,1%), petróleo em bruto (2,8%) e calçados (2,5%).

Os Estados Unidos continuam sendo o principal destino das mercadorias brasileiras, ficando com 25,44% do total exportado. Em seguida vêm os Países Baixos (5,27%), Alemanha (4,2%), China (4,18%), México (3,8%) e Argentina (3,8%). Em 2001, a Argentina ocupava o segundo lugar no ranking dos principais países de destino dos produtos brasileiros. No ano passado, ficou na sexta posição.

Aumentaram também as exportações para mercados não tradicionais, como Ásia (+26,5%), África (+18,9%), Oriente Médio (+14,7%), Associação Latino-Americana de Integração ? ALADI, exceto Mercosul (+11,8%) e Europa Oriental (+3,3%). Esse dado reflete o motivo do crescimento das exportações no ano passado: a capacidade dos exportadores brasileiros de diversificar os mercados de destino para os seus produtos.

Já as importações registraram queda de 15% em relação à 2001. Foram reduzidos os gastos nas aquisições de todos os setores, exceto combustíveis e lubrificantes, que se mantiveram estáveis. Bens de capital reduziram as compras em 21,7%, bens de consumo, 17,4%, e matérias-primas e intermediários, 14,2%.

Um dos motivos para a queda das importações foi o processo de substituição de importações por produção doméstica, ocorrida em setores como siderúrgicos, têxteis, material de transporte, calçados e alimentos industrializados.

Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Japão, Itália, França, China, Reino Unido e Nigéria foram os principais países que forneceram produtos ao mercado brasileiro.

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