Balança comercial: superávit até abril é recorde histórico

De janeiro a abril, o país exportou US$ 26,038 bilhões e importou US$ 17,912 milhões. O superávit de US$ 8,126 bilhões no período é um recorde histórico, em todos os números, segundo dados divulgados hoje pelo secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho.

Os manufaturados venderam US$ 14,185 bilhões, os semimanufaturados, US$ 3,727 bilhões e os básicos, US$ 7,707 bilhões. As exportações nos últimos 12 meses totalizaram US$ 78,366 bilhões e as importações, US$ 50,964 bilhões, com superávit de US$ 27,402 bilhões. Em relação a igual período de 2003, houve elevação de 20,4% nas exportações e de 6,5% nas importações, considerando a média diária.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento o bom desempenho das exportações continua contribuindo para melhorar o resultado das transações correntes, que registraram, de janeiro a março, saldo no balanço de pagamentos de US$ 1,683 bilhões, quando no mesmo período do ano passado foi de apenas US$ 124 mlhões.

Os principais produtos manufaturados exportados em abril foram automóveis, aviões, autopeças, motores para veículos, laminados planos de ferro e aço, calçados, óleos combustíveis, aparelhos transmissores e receptores, suco de laranja, veículos de carga e tratores. Alguns produtos de venda considerada não-tradicional, entre os manufaturados cresceram em abril, destacando-se painéis de partículas de madeira, telas e grades catalisadoras de platina, óxidos e hidróxidos de alumínio, aparelhos elétricos para telefonia, vinho, cordas e cabos de alumínio, eletrodos, enchidos de carne, ferramentas eletromecânicas com motor e máquinas de lavar roupa.

Os produtos básicos mais exportados em abril foram o trigo (produto que tradicionalmente o Brasil era importador), milho, maçã, carne de peru, miúdos de bovinos, carne eqüina, e pimenta. Os semimanufaturados mais vendidos em abril foram os de ferro e aço, couros e peles, alumínio em bruto, celulose, óleo de soja em bruto, madeira serrada, açúcar em bruto.

Dentro da sua política de expansão comercial o Brasil passou a vender mais também para mercados não tradicionais, como o Haiti, a Jamaica, Niger, Islândia, Benin, Senegal, Tailândia, Mauritânia, Tanzânia, Madagascar, Geórgia, Coréia do Norte, Azerbaijão e Macedônia.

O primeiro quadrimestre de 2004 só não teve taxa de crescimento nas vendas para os Estados Unidos, com queda de 3,3% em relação a igual período do ano passado, mas de apenas 0,5%em relação a março de 2004. As regiões com maior crescimento das exportações foram a África, Europa Oriental, Aladi, Mercosul, União Européia, Ásia e Oriente Médio.

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