Aznar apoia ingresso do Brasil no Conselho de Segurança da ONU

O Brasil ganhou mais um apoio de peso para integrar de forma permanente o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O primeiro-ministro da Espanha, José María Aznar, disse hoje no Itamaraty, durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem “simpatia viva” pela aspiração do Brasil junto à ONU. Segundo Aznar, a Espanha compreende a lógica do pleito brasileiro e se mostra simpática à escolha do Brasil para ocupar o Conselho.

O anúncio de Aznar foi comemorado pela diplomacia brasileira. Segundo o porta-voz do Itamaraty, Ricardo Neiva Tavares, o apoio de Aznar foi muito significativo, uma vez que a Espanha vem demonstrando uma postura de resistência à abertura do Conselho de Segurança da ONU para novos membros permanentes. “Acredito que pela primeira vez o primeiro-ministro espanhol demonstrou isso (o apoio ao Brasil) publicamante”, disse o porta-voz.

O presidente espanhol também defendeu um processo de reestruturação da ONU como forma de permitir que o organismo atue a serviço da estabilidade dos governos em todo o mundo, especialmente dos países mais pobres. A reforma da ONU também é um desejo do presidente Lula, que, após os atentados de 11 de setembro e as guerras do Afeganistão e do Iraque, vem manifestando a posição de que a ONU possa atuar de forma mais ativa na defesa dos interesses internacionais.

Aznar garantiu que a Espanha tem grande interesse em que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) firme acordo com a União Européia, assim como a Espanha já mantém acordos individuais com o México e o Chile. “O processo de confiança da Espanha no Brasil se manifesta pelo fato de que a Espanha é o segundo país do mundo que mais investe no Brasil e, portanto, nossa expressão de confiança, e nosso desejo, é que se estenda esse acordo a toda a União Européia”, disse ele. Aznar garantiu que vai dar o máximo de impulso para intensificar as relações comerciais do Brasil com a Espanha, assim como com toda a América do Sul. “Esperamos que o nosso trabalho sirva para fortalecer a democracia e estender condições de prosperidade a todos os países”, afirmou.

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