Xsara Picasso Automatique fica mais confortável

O Chevrolet Zafira, o Renault Scénic e o Citroën Xsara Picasso agora têm um ponto em comum: os três já podem ser adquiridos com câmbio automático, o que acirra ainda mais a “briga” entre eles por seu espaço no segmento dos monovolumes.

Como prometido pela Citroën no lançamento da linha 2004 do Xsara Picasso, chegou ao mercado brasileiro a versão Automatique, equipada com caixa de câmbio automática seqüencial.

No visual, o Picasso continua o mesmo. Com linhas em harmonia e ampla área envidraçada. Dianteira curta com o capô inclinado e estreita grade na frente com o emblema da marca ao centro. O conjunto ótico não ganhou novidades. Os faróis de neblina são de série apenas na versão Exclusive e não fazem parte nem da lista dos opcionais do GLX.

Pára-choque na cor do veículo, faróis halógenos com temporizador e regulagem de altura, pára-brisa atérmico, rodas de liga leve, vidros verdes, trava elétrica com comando à distância são itens de série nas duas versões, que medem 4,27 metros de comprimento, 1,75 m de largura e 1,66 m de altura.

A traseira do Picasso Automatique também não mudou. Traz vinco acentuado logo abaixo do amplo vidro traseiro, com a parte inferior da tampa do porta-malas invadindo o grande pára-choque pintado na cor do carro. Oferece espaço para 550 litros de bagagem, podendo acomodar até 1.350 litros com os bancos rebatidos.

As lanternas continuam na vertical, seguindo a linha da tampa do porta-malas, até a altura do vidro traseiro. Na lista de equipamentos de série há “brake light”, desembaçador traseiro, lanternas traseiras de neblina, limpador do vidro traseiro com acionamento automático ao engatar a ré, quando o dianteiro estiver acionado, e pára-choque na cor do carro.

O painel do Picasso tem desenho moderno com mistura de cores. Na parte central estão localizados o sistema do ar-condicionado (digital na versão Exclusive), a alavanca do câmbio automático, o rádio com CD Player, e as saídas de ar. O volante é o mesmo e vem com regulagem de altura nas duas versões e comando do rádio/CD Player.

O quadro de instrumentos localizado na parte superior central do painel e pode ser observado por todos os ocupantes do carro, inclusive os do banco traseiro. Além de estar colocado no centro, possui os números grandes, facilitando a visualização. O computador de bordo é de série nas duas versões. O carro é produzido em Porto Real, Rio de Janeiro, e está disponível nas versões GLX e Exclusive. (BN)

OLHO CLÍNICO

O monovolume Xsara Picasso Automatique está disponível nas versões GLX e Exclusive, equipadas com o motor 2.0i 16V e caixa de câmbio automática AL4 auto-active de comando seqüencial, a mesma utilizada nos modelos C5 e C8.

Segundo a montadora francesa instalada em Porto Real (RJ), o motor EW-10JP4 de 2,0 litros e 16 válvulas gera, 138 cv de potência a 6.000 rpm e 20,0 kgfm de torque a 4.100 rpm. Como a versão Automatique é 20 kg mais pesada que a do Xsara Picasso com câmbio manual, as molas dianteiras foram reforçadas para manter inalterada a altura do carro em relação ao solo. Com esse motor, atinge a velocidade máxima de 198 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos, de acordo com aferições realizadas na França.

No Brasil, a versão automática vem com uma diferença em relação à vendida na Europa: ela é mais curta. Também foi desenvolvido um “software” exclusivo para o Mercosul que privilegia retomadas e acelerações, trazendo mais agilidade nas saídas de valetas e lombadas, mesmo porque a gasolina por aqui tem composição e comportamento diferentes à do Velho Mundo.

A transmissão automática adapta-se ao estilo de condução do motorista e às condições de utilização do Xsara Picasso. Graças ao software auto-active, ela escolhe a programação mais apropriada ao estilo de condução e às condições do trânsito. A partir da posição Drive (D) do programa auto-active, o motorista pode acessar, a qualquer momento, o programa seqüencial. A passagem das velocidades efetua-se ao se mover a alavanca de câmbio para frente ou para trás.

O modo automático possui dispositivos programados para adaptar o funcionamento da caixa ao programa escolhido (esporte ou economia), através da tecla S (Sport) ao lado da alavanca do câmbio, às condições externas (relevo da estrada, aderência, carga do veículo, aceleração ou desaceleração) e internas (temperatura e pressão de óleo da caixa, motor frio e outros fatores).

O Picasso continua gostoso de dirigir, embora tenha perdido um pouco no desempenho por ter ficado 20 kg mais pesado por conta da transmissão automática. Mas como é um carro familiar, quem compra o Picasso não está muito interessado em velocidade máxima. Quer saber de conforto e espaço, e nesses dois itens, esse Citroën tem de sobra. (BN)

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