Ela tem estilo custom, motor com dois cilindros em “V”, é fabricada nos EUA e não é uma Harley-Davidson. Apresentada pela Victory no início do ano, a Judge faz referência aos muscle cars adorados pelos norte-americanos e traz uma proposta de pilotagem um pouco mais esportiva do que os outros modelos mais tradicionais do segmento.

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Para fugir do lugar comum das outras cruisers como os americanos chamam às customs e fazer jus à inspiração, a Victoy investiu nas linhas esportivas. O tanque de gasolina, por exemplo, tem traços arredondados e alguns detalhes, como os piscas e a lanterna integrada na rabeta compostos por ângulos retos e desenhos triangulares para criar a sensação de agressividade.

A referência tipicamente ianque também pode ser vista nas rodas de liga leve. O formato da estrela de cinco pontas com acabamento cromado sobre um fundo preto segue o estilo do clássico Dodge Charger. As opções de cores chamativas e o contraste delas com o preto fosco também é legado de máquinas como Mustang, Camaro e companhia.

Power custom

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Se o tema é “músculo americano”, não basta apenas visual, tem que ter motor. Nesse ponto, a Judge também não decepciona. A nova Victory conta com um propulsor Freedom 106 injetado, com dois cilindros em “V” dispostos a 50º de 1.731 cm3 e transmissão final por correia dentada. Mas, assim como a marca de Milwaukee, a Victory também não declara oficialmente a potência e o torque máximo das suas máquinas.

Os freios são robustos. Ambos a disco flutuante com 300 mm de diâmetro, contam com pinças de quatro pistões na roda dianteira e pistão duplo na traseira. Já a suspensão traseira é monoamortecida com curso de 75 mm e ajuste na pré-carga da mola, enquanto a dianteira conta com garfo telescópico convencional com 130 mm de curso. O sistema ABS, no entanto, não é oferecido nem como opcional.

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Em ergonomia, a Judge também se diferencia das outras customs. Com pedais levemente mais altos, a moto não exige pés esticados, o que acaba sendo bem-vindo para pilotos de estatura menor. O guidão, por sua vez, é mais reto do que o tradicional “chifre de boi” e oferece uma postura de pilotagem ligeiramente mais inclinada, algo que, no caso de uma cruiser, já pode ser considerada como esportiva.