Sem dúvida, a nova linha 2012 do Corolla é uma atualização de meia vida, pois o modelo da Toyota estreou a geração atual no Brasil em abril de 2008 e pouco foi modificado. As linhas são basicamente as mesmas da reestilização promovida em outros mercados estrangeiros.

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Na frente do Corolla GLi 1.8 Automático avaliado pelo Jornal do Automóvel, os faróis ganharam recorte em parábola na base, tomada de ar no pára-choques e a grade frontal foram alargadas e as seções de luz dos faróis de neblina agora são retangulares e verticalizadas.

Nas laterais, quase não se notam mudanças. Na traseira, as lanternas estão retilíneas. O conjunto ótico perdeu a forma irregular. Outra novidade é a iluminação por “leds” nas lanternas, restrita à versão topo de linha Altis (R$ 87.500). 

Em seu interior, praticamente nada foi mexido. Só os detalhes do acabamento foram refinados. Os plásticos que cobrem a parte superior do painel e das portas ganharam tom mais escuro.

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E os tradicionais apliques imitando madeira também foram escurecidos, na tentativa de transmitir maior refino a bordo. Também foi trocada a estampa do tecido que cobre os bancos das versões mais simples Xli e GLi, novamente em busca de requinte. De resto, tudo foi mantido, à exceção dos novos equipamentos.

A principal novidade é o motor 1,8-litro flex, que ganhou variador de fase também no escapamento e bloco e cárter de alumínio, além de trazer tuchos hidráulicos e roletados, como no motor 2-litros lançado ano passado.

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A potência subiu de 136 para 144 cv, também a 6.000 rpm, e o torque passou a 18,6 mlgf a 4.800 rpm contra 17,5 mkgf  a 4.200 rpm antes. Quando funcionando com gasolina, o novo motor 1,8 desenvolve 139 cv, a 6.000  rpm também, e  18,4 mkgf, porém a 4.400 rpm.

Durante a avaliação realizada num trecho de estrada nas proximidades de Atibaia (interior de São Paulo), de aproximadamente 300 quilômetros, com curvas de raio pequeno, grande, longas e curtas, subida e descida, e pouco tráfego.

Foi só acelerar e se empolgar. O carro impressiona pelo equilíbrio. Em momento algum saiu de frente, ou de traseira. Nas curvas era só aliviar o acelerador, e às vezes uma pequena correção. Era como se o carro adivinhasse o que se queria fazer. Direção com peso certo, graças a perfeita assistência elétrica.

O peso do Corolla é de 1.245 kg no XLi manual e de 1.290 kg no Altis, o que aliado à suspensão dura explica o comportamento em curva excepcional e o bom desempenho na categoria.

Crítica só para o câmbio automático do carro avaliado, de trocas algo bruscas.  O carro merece um automático mais moderno. Um de cinco marchas seria o adequado. Mas mesmo assim, quem comprar um Corolla, 2012 mesmo com esse câmbio, jamais se arrependerá. É um carro confortável e gostoso de dirigir.