Tiggo é o primeiro SUV chinês no Brasil

Como bem disse o empresário Luis Curi, CEO da Chery do Brasil, o Tiggo chega ao Brasil não como modelo de entrada, mas sim como um veículo de qualidade superior.

“Até o final deste ano vamos lançar também o Chery QQ, compacto com motor de 1.1 litro, este sim modelo de entrada, por cerca de R$ 22.900”, afirma.

Sua grade dianteira e ampla, com o generoso logotipo da Cherry Automobile no centro, que bem se harmoniza com os vincos frontais e contornos arredondados do capô.

Os faróis dianteiros e as lanternas traseiras são grandes e marcantes, reforçando a aparência de solidez do veículo. O Tiggo – como a maioria de seus concorrentes do segmento – transmite aparência de robustez.

O Chery Tiggo incorpora todos os recursos de eletrônica embarcada tipicos do segmento – como freios ABS com ABD, direção hidráulica, vidros elétricos, rodas de liga leve, faróis de milha, “air bag” duplo, rack de teto e sistema de som com MP3 e entrada USB -, mas não oferece o recurso da tração 4×4, característico de veículos desse segmento.

Embora de origem chinesa (ele chega ao Brasil via Uruguai, onde é montado em CKD), o Tiggo tem bom padrão de acabamento e motorização confiável. O chassi é projetado pela British Lotus Company (que não tem nada a ver com a memorável Lotus de Colin Chapman, da F1), e utiliza motor Acteco 2.0 a gasolina, fabricado na China com tecnologia alemã.

Trata-se de um propulsor 2.0 de 4 cilindros em linha e 16 válvulas, com 135 cv de potência a 5.750 rpm e 18,2 kgfm de torque a 4.300 rpm, câmbio manual de cinco marchas e tração 4×2, apenas nas rodas da frente.

Pesando, vazio, 1.375 kg, sua força e potência só surgem em giros altos, condição pouco utilizada pela maioria dos usuários no dia-a-dia comum.

Num curto percurso pelas ruas de São Paulo, o Jornal do Automóvel fez uma avaliação de aproximadamente 30 minutos com o jipinho. Apesar de não ser possível dar um relato aprofundado, ele tem bom espaço para os ocupantes, principalmente para quem viaja atrás, por conta da altura do teto. A posição de dirigir é apenas razoável. Há controle de altura para o banco do motorista e ajuste vertical do volante.

As respostas do motor não chegaram a empolgar no pesado trânsito urbano de São Paulo nas imediações do Morumbi.

A transmissão é ruidosa e imprecisa, mas não chega a incomodar. O acabamento dos carros chineses está cada vez melhor.

O do Tiggo aproxima-se ao das versões intermediárias dos carros nacionais de até R$ 50 mil.

Ainda no interior, o painel é simples, mas funcional. Os botões estão bem localizados.

No geral, o Tiggo é agradável de conduzir. A Chery afirma que veio para ficar e ganhar mercado. Só nos resta esperar para ver como o consumidor o receberá.

Ficha técnica

Motor: Gasolina, transversal, 1.971 cm³, quatro cilindros em linha DOHC e quatro válvulas por cilindro. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Arrefecimento por etileno glico e água 50/50.
Transm.: Câmbio manual de cinco velocidades à frente e uma a ré.
Direção: Hidráulica, tipo pinhão e cremalheira.
Potência: 135 cv a 5.750 rpm.
Torque: 18,2 cv a 4.300-4.500 rpm.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora. Traseira independente, braços arrastados tipo 4 pontos, molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores pressurizados.
Freios: A discos ventilados na frente e sólidos atrás.
Carroceria: Utilitário esportivo compacto em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,28 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,70 m de altura e 2,51 m de distância entre-eixos. Airbag duplo f,rontal de série.
Rodas: 7J x 16” liga leve.
Pneus: 235/60 R16.
P. malas: 520/1.965 litros com o banco traseiro rebatido.
Peso: 1.375 kg em ordem de marcha, com 375 kg de carga útil.
Tanque: 57 litros.
Preço sug.: R$ 49.900,00

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