Tecnologia nas chaves dos carros sofisticados

Tirar a chave do bolso, introduzi-la na fechadura, girá-la e finalmente puxar a maçaneta para abrir a porta do carro. À noite, para conseguir encaixar a chave, a ação torna-se mais difícil, pois é necessário tatear a fechadura. Mas com a ajuda da eletrônica, agora as chaves estão ganhando novas funções. E o ato de destravar e travar as portas ou dar a partida no veículo pode se resumir à pressão de um botão ou até mesmo simplesmente chegar perto da porta.

Assim, as chaves com sistema de radiofreqüência surgiram para acionar os alarmes e sistemas de imobilização de motores, mas agregaram rapidamente a função de travar e destravar as portas e, depois, os vidros. E continuam evoluindo. O recém-lançado Fiat Stilo, por exemplo, é o primeiro carro nacional a ter o teto solar também acionado pelo controle remoto da chave.

“Antes, a maior preocupação era aumentar a segurança contra furtos. Atualmente, o conforto recebe a mesma atenção”, explica Francisco Tascone, diretor de engenharia da Valeo, fabricante francesa de componentes automotivos.

Já em carros de luxo, como modelos da Mercedes, BMW, Lexus e Audi, por meio do código do sistema de radiofreqüência de cada controle remoto a centralina identifica a chave de cada usuário. Assim, o banco do motorista, a coluna de direção, os retrovisores, a memória do rádio e até a temperatura do ar-condicionado são regulados automaticamente para a posição de quando aquela determinada chave fechou o carro. Além disso, chaves mais modernas estão recebendo “chips” de memória para armazenar os dados de funcionamento do carro e de manutenção. “Basta inseri-las num leitor na concessionária para o mecânico saber todo o histórico do carro, o que torna as inspeções mais rápidas e eficientes”, explica Luiz Estrozi, gerente de treinamento da BMW do Brasil.

Na busca para aumentar o conforto, além de dar mais funções às chaves, as montadoras e os fabricantes de autopeças estão tentando eliminar a tradicional haste dentada. Isso para evitar o “incômodo” provocado pela resistência dos dentes da haste na hora de colocá-la ou retirá-la da fechadura.

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