Considerado o novo carro-chefe da Renault, o ?hatchback? Sandero tem a generosidade das medidas do Logan, três anos de garantia e a oferta de três motores bicombustível para cativar consumidores que (até então) nunca pensaram em ter um carro da marca. Ele é irmão do Logan, mas será tratado de forma diferente, pois tem como tarefa principal ajudar na popularização da Renault no mercado brasileiro, que está demorando a acontecer.
O Sandero é o primeiro veículo global da marca a ser produzido fora da Europa ? no caso do Brasil, na fábrica da Renault de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Montado sobre a mesma plataforma do Logan (a B0, da Aliança Renault-Nissan), o Sandero é oferecido nas mesmas versões usadas na linha Clio: ?Authentique?, ?Expression? e ?Privilége?. Em todas as configurações, pára-choques pintados na cor do veículo, pneus 185/70 aro 14, conta-giros, dois porta-copos no console central e dois apoios de cabeça traseiro são itens de série.
Visto de frente, o Sandero tem como destaque os faróis alongados e integrados ao conjunto formado por pára-choque, pára-lama e capô. Atrás, suas lanternas são aplicadas verticalmente. As lentes envolvem parte da lateral traseira. E os repetidores laterais são iguais aos do sedã Mégane. O vidro traseiro é bem curvo, mas não interfere na visibilidade do motorista.
Internamente, tudo lembra o Logan. O acabamento é simples, mas agradável. E espaço não falta. Há plásticos de quatro tonalidades, que aparecem no painel e nas portas. Os instrumentos contam com fundo branco e, dependendo do acabamento, os bancos são revestidos de veludo.
A gama de motores é a mesma do Logan. O Sandero pode ser equipado com o motor 1.0 Hi-Flex, que desenvolve até 77 cavalos de potência a 5.850 rpm e 10,1 kgfm de torque a 4.350 giros (somente com álcool no tanque), com a motorização 1.6 Hi-Torque 8V, que entrega até 95 cv a 5.250 rpm e 14,1 kgfm a 2.850 rotações, e o conhecido 1.6 Hi-Flex 16V, também utilizado nas linhas Clio, Scénic e Mégane, com central eletrônica diferenciada.
Para avaliação, a Renault do Brasil cedeu ao Jornal do Automóvel versão do Sandero equipada com motor 1.6 Hi-Flex 16V, cuja força aparece em baixas faixas de rotação. Notamos ao trafegar com o Sandero a curiosidade das pessoas. O ruído interno não incomoda. O motor da Renault deixa claro que prefere viver em alta rotação, especialmente acima das 3.500 rpm. Operando nessa faixa, não há do que se queixar. Sobra disposição para ultrapassagens seguras. Somente em trechos íngremes de serra se fez necessário trocar marchas para que o Sandero não perdesse o embalo. Desde que não se abuse da velocidade, o ?hatch? se comporta bem em curvas e freia com segurança. Para avaliação pessoal, recomendamos aos leitores, um test drive oferecido pelas revendas da marca francesa. Vão gostar.
Ficha técnica
Motor
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V válvulas (8V na versão Hi-Torque), bicombustível, 999 cm (1.0) e 1.598 cm (1.6) de cilindrada
Potência
76 cv (gasolina) e 77 cv (álcool) a 5.850 rpm (1.0 16V); 92 cv (gasolina) a 95 cv (álcool) a 5.250 rpm (1.6 8V) e 107 cv (gasolina) a 112 cv (álcool) a 5.750 rpm (1.6 16V)
Torque
9,9 kgfm (gasolina) a 10,1 kgfm (álcool) a 4.350 rpm (1.0 16V); 13,7 kgfm (gasolina) a 14,1 kgfm (álcool) a 2.850 rpm (1.6 8V); 15,1 kgfm (gasolina) a 15,5 kgfm (álcool) a 3.750 rpm (1.6 16V);
Câmbio
Manual de cinco velocidades
Suspensão
Dianteira tipo McPherson com triângulo inferior, amortecedores hidráulicos e molas helicoidais; traseira de rodas semi-independentes, molas helicoidais e barra estabilizadora
Freios
A disco na dianteira e a tambor na traseira
Dimensões
4,02 m de comprimento;
1,75 m de largura; 1,53 m de altura; 2,59 m de entreeixos
Tanque
50 litros
Porta-malas
320 litros
Preço
A partir de R$ 29.990,00