Plácido Iglesias deixa o automobilismo de luto

O automobilismo paranaense perdeu um pouco do seu “brilho”, com a partida repentina e inesperada de Plácido Iglesias, um de seus mais competentes pilotos, no último dia 12 de junho. Plácido, aos 58 anos, deixa uma lacuna na vida da esposa Thelma Iglesias, das filhas Priscila e Pauline Iglesias, de familiares e amigos.

Como todo gênio do automobilismo, Plácido iniciou sua paixão por carros de corrida aos 14 anos, quando construía seus karts, somente com base em revistas americanas. Todo esse interesse não poderia dar em outra coisa. Estreou em provas de competição aos 16 anos, dividindo a pista com grandes nomes da época, como Wilson Fittipaldi Jr. e Carol Figueiredo, entre outros.

Engenheiro Mecânico por formação acadêmica, Plácido Iglesias teve sua carreira marcada por vitórias, tanto em monopostos como em carros de turismo e protótipos. Mas o ápice de seu sucesso como piloto, aconteceu em 1976, quando sagrou-se campeão brasileiro de Fórmula VW 1300, superando nada mais do que o atual campeão de Stock Car, Chico Serra, mesmo ano que Nelson Piquet conquistava o título da Fórmula VW 1600.

Com o apoio da Perdigão, em 1978 Plácido embarcou para a Europa, onde participou do Campeonato de Fórmula 2000 Inglesa. Sua performance lhe valeu o convite da fábrica Lola, para ser piloto de testes. Outro de seus grandes trunfos foi a vitória em uma das baterias da Fórmula 3 Inglesa, no circuito de Donington Park, batendo pilotos como Alan Prost, Thierry Boutsen, Stephan Johanson e Nigel Mansell.

Da década de 80 em diante, sempre junto do automobilismo, Plácido Iglesias passou a exercer sua profissão de engenheiro mecânico. Em 1992, sem conseguir se manter longe das pistas, venceu as “500 Milhas de Londrina”. Mas depois disso, iniciou sua nova trajetória como “Manager”, acumulando a função de engenheiro de corridas, com o piloto Nilton Rossoni, na Fórmula Barber Dodge, nos EUA, categoria de acesso à Indy Light.

Recentemente, Plácido assessorou Rafael Sperafico, na Barber Dodge e Alexandre Sperafico, na Fórmula 3000 Européia. Este ano, além de ajudar na carreira de pilotos curitibanos como Felipe Pinheiro, também estava de “manager” e “coach” do piloto peruano Juan Polar, na Fórmula Renault Inglesa, sempre com a dedicação e presteza que lhe eram peculiares. Além da perda do grande amigo, fica uma lacuna difícil de ser preenchida no automobilismo estadual, nacional e mundial. (Bispo Neto)

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