Percentual de vendas do primeiro carro aumenta

O percentual de pessoas que vão às concessionárias para comprar o primeiro carro nunca foi tão alto no Brasil como nos últimos meses. Segundo uma pesquisa realizada pela JD Power and Associates, apresentada durante o XXII Congresso Fenabrave, que terminou no sábado passado, dos consumidores que fecham negócio, 27% estão adquirindo o primeiro veículo. Outros 25% compram um carro adicional e a maioria, 48%, troca de automóvel.

Segundo Jon Sederstrom, diretor da empresa de pesquisa no Brasil, as marcas preferidas na primeira compra são Fiat, Chevrolet, Kia, Volkswagen e Hyundai. Para ele, a presença de marcas associadas com luxo na primeira compra, como Kia e Hyundai, confirma que há uma constante escalada das classes sociais no país. Ainda assim, completa, o fator que mais preocupa o brasileiro na hora da compra é a confiabilidade e durabilidade, itens apontados por 51% dos entrevistados, seguido do consumo de combustível.

O estudo, chamado Vehicle Ownership Satisfaction Study, envolveu 13 marcas e 52 modelos. Foram ouvidos 8 mil brasileiros.

No Paraná

Luís Antônio Sebben, diretor da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) no Paraná e diretor superintendente da Cia. de Automóveis Slaviero, concessionária Ford em Curitiba, diz que o percentual de clientes que compram o primeiro carro é realmente de 27% para cima. Nos últimos dois ou três anos, afirma Sebben, consumidores de classes sociais que antes não compravam carro entraram no mercado e muitos partiram para o veículo novo. O carro zero é financiado com taxas menores de juros, tem mais oferta de crédito e a aprovação de linhas de financiamento é facilitada, explica Sebben.

Helmuth Altheim , diretor geral da Fenabrave-PR e proprietário do Corujão, concessionária Volkswagen, concorda que é expressivo o número de brasileiros comprando o primeiro carro, mas estima que em 50% das vendas as lojas recebem um usado na negociação. Segundo ele, a troca é mais interessante para a concessionária porque ela ganha na venda do novo e depois na revenda do usado. Tanto que quando o cliente traz um seminovo ele pode até conseguir um preço melhor na compra do carro zero, completa Altheim.

* A jornalista viajou a convite da Fenabrave

Voltar ao topo