Novo projeto de ônibus híbrido será usado no RS

A primeira capital brasileira a adotar ônibus híbridos no transporte urbano será Porto Alegre. O Viale HI (foto), desenvolvido pela Eletra e pela Marcopolo, equipado com motor diesel International HS 2.8l para geração de energia, foi apresentado à Prefeitura da capital gaúcha na última segunda-feira (10) e será testado até o dia 10 de março.

Caso o modelo seja aprovado, serão adquiridas 24 unidades pela Carris, empresa que faz o transporte público da cidade, para a utilização nas linhas circulares C1, C2 e C3, no centro da cidade.

O inédito Viale HI é cerca de 60% menos poluente que um ônibus convencional e permite economia de combustível de até 40%. Esse desempenho é possível graças à tecnologia aplicada no conceito híbrido, em que o motor diesel alimenta um conjunto de baterias. As baterias fornecem a energia necessária nas acelerações, subidas e em trechos de velocidade. Nas desacelerações e quando parado, os propulsores elétricos não consomem energia e as baterias continuam a ser alimentadas. Este processo exige menor potência e possibilita a adoção de unidades motrizes mais compactas, que consomem menos combustível e geram baixos níveis de emissões e de ruídos.

O motor International HS 2.8l trabalha aplicado a um gerador de energia, responsável pela alimentação de um conjunto de baterias e motores elétricos que impulsionam o veículo. Produzido na planta da International Engines, em Canoas (RS), incorpora novas tecnologias. Além de reduzir o valor de investimentos para infra-estrutura viária (dispensa rede elétrica aérea), a utilização do sistema híbrido proporciona maior durabilidade e custo operacional menor. Outras vantagens são 15 anos de vida útil do veículo e nível de ruído reduzido.

O Viale Híbrido possui piso rebaixado e é mais curto que os ônibus urbanos tradicionais – com 9,70 metros. Segundo o Departamento de Engenharia da Marcopolo, o objetivo é facilitar as manobras em tráfego intenso e em ruas estreitas, como as do centro de Porto Alegre. O piso interno baixo – praticamente no mesmo nível da calçada – também facilita o embarque de passageiros – em especial, idosos e portadores de deficiência física.

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