Nova Saveiro chega para encarar concorrentes

Há vários anos a Fiat domina as vendas de picapes derivadas de carros compactos no Brasil.

E a Nova Saveiro é um desafio da Volkswagen à sua maior rival na disputa pela liderança do mercado. Agora, a Strada vai enfrentar um rival de peso.

Para tanto a Volkswagen criou uma picape inteiramente nova. Pela primeira vez a Saveiro tem a opção da cabine estendida, responsável por 65% da venda da Strada. A nova picape não é apenas uma variação em torno da plataforma usada no Gol e no Voyage. A sua plataforma é mais longa e mais larga.

A Nova Saveiro utiliza o mesmo conjunto motor-câmbio do Gol e, vista de frente, parece idêntica aos seus irmãos de linha.

Mas tem duas diferenças fundamentais: a distância entre eixos é 1,52 mm maior e as bitolas dianteira e traseira também foram aumentadas.

Sua suspensão é toda nova. A dianteira deriva do Polo europeu, recém-lançado. Na traseira, o eixo foi especialmente desenvolvido, também pensando na necessidade de espaço na parte posterior.

Com a mesma preocupação, a VW colocou o estepe sob a caçamba. Solução que não é muito popular, mas proporciona volume extra, seja na caçamba ou no interior da cabine.

Na parede traseira da cabine, nova vigia oferece opcionalmente uma janela deslizante em que a parte móvel se alinha com o restante dos vidros, novidade no segmento.

A Nova Saveiro tem duas versões, a básica e a Trooper, que tem características mais esportivas e luxuosas.

Sem ser oficialmente uma versão, há o pacote Trend de equipamentos, que acaba criando uma opção intermediária.

O motor usado na Saveiro é o mesmo 1.6 flexível que equipa o Gol, montado na transversal. A transmissão, porém, teve as relações das primeiras marchas modificadas, para garantir agilidade com uma carga maior do que a transportada nos carros de passageiros. Andando com a caçamba vazia, tem um comportamento mais agressivo nas arrancadas.

Com apenas motorista e passageiro, a Nova Saveiro mostra bom comportamento nas curvas, mesmo com a altura maior em relação ao solo.

Não chegamos a andar com ela carregada, o que deve mudar um pouco a tendência a sair de frente em situações mais radicais.

A versão avaliada tinha direção hidráulica, que no modelo básico é opcional.

Embora mais dura que seus irmãos, a picape não é desconfortável ao andar em pisos mais ondulados.

Um conforto a mais é a disponibilidade do sensor traseiro de estacionamento, muito bom especialmente para quem não está acostumado a dirigir picapes, cujo “final” é difícil de avaliar na hora de dar marcha à ré. (BN)

Ficha técnica

Carroceria: picape
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 1.8 litro, 8V
Número de Cilindros: 4
Número de Válvulas: 2 por cilindro
Cilindrada: 1.598 cm³
Potência Máxima: 104 cv (álcool) e 101 cv (gasolina) a 5.250 rpm
Torque Máximo: 15,6 mkgf (álcool) e 15,4 mkgf (gasolina) a 2.500 rpm
Injeção: eletrônica
Diâmetro e Curso: 76,5 x 86,9 mm
Taxa de Compressão: 12,1:1
Transmissão: manual
Tração: dianteira
Câmbio: manual de cinco velocidades
Direção: hidráulica
Suspensões:
Dianteira: McPherson, independente
Traseira: barra de torção, molas helicoidais
Freios
Dianteiro: disco ventilado
Traseiro: tambor
Pneus: 205/60 R15
Rodas: aro 15
Tanque de Combustível: 55 litros
Caçamba: 734 litros
Garantia: 1 ano sem limite de quilometragem e 3 anos para motor e câmbio

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