Nova Ford Ranger, feita para qualquer terreno

A Ford Ranger é a última a chegar, mas se apresenta com qualidades suficientes para brigar pela liderança do segmento de picapes médias no mercado, que já recebeu a nova Chevrolet S10, a VW Amarok automática e a Toyota Hilux, Nissan Frontier e Mitsubishi L200 atualizadas. Criada na Austrália, com investimentos de US$ 1 bilhão, a picape global será vendida em 180 países e para o Brasil ela virá da Argentina.

A Ranger começa a ser vendida em agosto com preços que partem de R$ 61.900 para a cabine simples até R$ 130.900 para a cabine dupla top de linha. Além do desenho atual e encorpado, que segue o estilo bold (ousado) da Ford americana, a Ranger em sua terceira geração ganhou outro reforço a muito esperado: a oferta de versão flex. Trata-se do motor 2.5 16V flex de 168/173 cv de potência e 24,1/24,8 kgfm de torque, sempre em dupla com o câmbio manual de cinco marchas. Além do Duratec flex, há também o novo Duratorq 3.2 turbodiesel. Tal como outros motores da nova geração já adaptada aos limites de emissões do Proconve L6, esse cinco cilindros tem bem mais potência e torque do que o anterior. São 200 cv e 47,9 kgfm, administrados pelo câmbio manual de seis marchas ou um automático com o mesmo número de velocidades e opção de trocas sequenciais. Há também oferta de tração integral com acionamento por botão e marcha reduzida. Tanto um propulsor quanto o outro se enquadram entre os mais potentes da categoria. Ainda haverá um diesel 2.2 de menor rendimento em versão de acabamento simples, voltado exclusivamente para frotistas. De acordo com a Ford, o modelo cabine simples conta com 1,4 tonelada de capacidade de carga, enquanto na cabine dupla o valor é de 1 tonelada. Em volume, as caçambas podem levar 1,180 litro e 1,800 l, na mesma ordem.

Itens de série

A Ranger XLS 2.5 oferece de série ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, CD/MP3 com tela LCD de 4,2 polegadas, computador de bordo, direção ajustável em altura, rodas de liga leve aro 16 e freios ABS com EBD. Pelo lado negativo, não oferece o airbag frontal que só aparece como item de série na versão XLS cabine dupla a diesel.

A intermediária XLT soma a esses itens ar-condicionado digital com duas zonas de ajuste, volante multifuncional, controle de cruzeiro, viva-voz Bluetooth, vidros elétricos um-toque para todos, controle eletrônico de estabilidade, além de elementos como rodas de liga leve aro 17, estribos e detalhes de acabamento cromados. Aliás, o sistema de controle eletrônico também dimensiona a tração, além de contar com recursos como auxílio de partida em rampa e controle de descida, entre outros.

A Limited investe em um pacote de segurança mais sofisticado, com direito a airbags laterais dianteiros e do tipo cortina, câmera traseira, piscas nos retrovisores, sensores de chuva e de luminosidade, além de itens como navegador GPS, bancos de couro, ajustes elétricos do banco do motorista, entre outros. Por fora, destaque para o santantônio esportivo integrado e o bagageiro.

Avaliação

A Ford promoveu um teste da nova Ranger em Salta, no interior da Argentina. Andamos na versão top, Limited, com cabine dupla, mas na configuração argentina, com câmbio manual de seis marchas. No Brasil haverá apenas a caixa automática para essa opção.

Os bancos da picape são confortáveis e o acabamento do painel é de bom gosto e com todas as informações bem claras. No banco traseiro há razoável espaço para as pernas. O assento é mais alto do que o comum e o encosto é mais inclinado do que nas concorrentes.

O circuito off-road escolhido pela Ford, próximo a Cordilheira dos Andes, formado por subidas com elevado grau de inclinação, declives, barro, mato, pedras e um córrego foi superado com facilidade pela Ranger. Com destaque para o controle automático de velocidade em descidas, que segurou a picape com habilidade, e a direç&at,ilde;o precisa, sem contragolpes no volante mesmo em buracos.

Sobre asfalto a picape demonstra bom isolamento da cabine, onde pouco se escuta de seu motor 3.2 diesel. Em sexta marcha, a 120 km/h, o conta-giros marca apenas 2.100 rpm.

Divulgação/Ford
Divulgação/Ford
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