Mulheres tomam conta do volante

mulheres100108.jpgVai longe o tempo em que o chamado sexo frágil sofria ao volante. Anteriormente alvo de comentários machistas e de mecânicos inescrupulosos, a mulher aos poucos conquistou seu espaço e provou que é tão competente quanto o homem ou mais ao dirigir um automóvel.

São os números que afirmam: embora comprem 40% dos carros zero quilômetro, as mulheres causam apenas a quinta parte dos acidentes de trânsito. O fato já chamou a atenção das seguradoras ao ponto de hoje muitas cobrarem seguros mais baratos para clientes do sexo feminino. Mas toda regra tem exceção.

Isso se deve ao fato que, segundo os psicólogos, as mulheres tendem a dirigir em velocidades médias menores que os homens. O que pode ser visto como lentidão por uns passa a ser, na verdade, sinal de maior prudência. Outro ponto a favor das mulheres é saber assumir suas limitações e deficiências ao volante, fato que sempre ajuda no autodesenvolvimento.

Por outro lado, a necessidade de sobreviver no caos do trânsito fez com que as mulheres desenvolvessem aspectos negativos que antes eram reservados apenas aos homens. Cada vez mais independentes, as mulheres passaram a utilizar mais e mais o automóvel e a convivência com motoristas mal-educados acabou contribuindo no desenvolvimento da agressividade como mecanismo de defesa.

Outro fato interessante que mostra a mudança da atitude das mulheres em relação aos automóveis é o aumento considerável da procura por parte destas por cursos de mecânica e direção defensiva. Enquanto o primeiro habilita as mulheres para entrar no mercado de trabalho ou as deixa aptas para lidar com situações de emergência, o outro ensina habilidades técnicas e psicológicas ao volante para prevenir ocorrências ou saber como agir quando o acidente é inevitável.

Nesses cursos, por exemplo, as freqüentadoras aprendem dicas valiosas como na hora de trocar os pneus. Além das recomendações básicas como, por exemplo, evitar lugares mal-iluminados, colocar o triângulo a uma distância de no mínimo cinco metros e ligar o pisca alerta, ensina-se a usar a barra extensora, que auxilia na remoção dos parafusos diminuindo a necessidade de esforço. Outra dica importante é observar a indicação de onde deve ser posicionado o macaco, para evitar que o assoalho do veículo seja danificado.

Para aquelas que ainda preferem não ter que pôr a mão na graxa, existe ainda a possibilidade de oficinas especializadas no atendimento feminino, que aumentam em número a cada dia. Em nossa capital, a maioria das concessionárias tem mulheres em seus quadros de profissionais, todas desempenhando com sucesso o seu trabalho.

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