Tudo inspirado nos demais jipões da marca, como Explorer, Maverick e Escape, mas com um ?toque? brasileiro. Para completar o visual que dá a idéia de valentia tanto no asfalto como na terra, basta dar uma olhada na distância livre do solo. São 25 centímetros no centro e 20 cm próximo da base do pára-lama dianteiro.
São duas as diferenças em relação ao modelo compacto: o mostrador de temperatura é ligeiramente maior e o grafismo é branco sobre fundo preto. Além disso, a manopla da alavanca de câmbio tem melhor empunhadura e acabamento caprichado. Mas o material do painel é muito simples e torna-se fonte de ruído quando o carro passa por pisos irregulares.
O porta-malas é capaz de levar apenas 296 litros, se o banco traseiro não for rebatido. Mas como o encosto traseiro é bipartido, pode-se ampliar facilmente o espaço para bagagem. O máximo que se consegue levar são 712 litros, mas nesse caso perdem-se os três lugares de trás. Em contrapartida, o acesso às bagagens é fácil graças a porta traseira, que é aberta da direita para a esquerda com auxílio de molas a gás com duplo estágio. Caso seja preciso usar o bagageiro no teto, pode-se levar até 40 kg de carga. Rodas esportivas e pára-choques pintados na cor da carroçaria são itens de série na versão XLT 1.6 Flex. (BN)
OLHO CLÍNICO
Esse motor gera 105 cavalos com gasolina e 111 cv com álcool. O torque, que era de 14,2 kgfm, subiu para 14,7 kgfm (gasolina) e 15,6 kgfm (álcool), ambos a 4.250 rpm. A taxa de compressão também aumentou: no modelo equipado com propulsor a gasolina, era de 9,5:1; agora, com a introdução do bicombustível, é de 12,3:1. Para adaptar o propulsor Flex ao EcoSport, a Ford Brasil realizou 800 mil quilômetros de testes em seu campo de provas de Tatuí (SP) e em estradas do Brasil.
Com o tanque cheio de álcool, segundo a montadora, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 13,1 segundos, 1,3 segundo mais rápida do que a extinta versão a gasolina. Quando abastecido com gasolina, a diferença é pequena: o modelo precisa de 13,6 segundos para atingir 100 km/h, partindo da imobilidade.
Na rodovia onde avaliamos o EcoSport, ouvimos apenas o barulho do motor. Nada de rangidos vindos do painel ou da tampa que cobre o porta-malas. Segundo a Ford, o consumo do Flex com 100% de álcool é de 7,9 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada. Quando abastecido apenas com gasolina, o consumo cai para 12,1 km/l e 15,1 km/l, respectivamente. O Ford EcoSport 1.6 Flex XLT tem preço sugerido de R$ 50.140,00. (BN)
FICHA TÉCNICA
Motor: dianteiro, transversal, alimentação por injeção eletrônica multiponto, comando de válvula tubular acionado por corrente (Silent Chain).
Cilindrada: 1.596 (cm³)
Potência: 105 (cv a gasolina) e 111 (cv a álcool) a 5.250 rpm
Torque: 14,7 (kgfm – gasolina) e 15,6 (kgfm – álcool) a 4.250 rpm
Taxa de compressão: 12,3:1
Câmbio: manual, de cinco marchas
Comprimento: 4,23 (m)
Largura: 1,73 (m)
Altura: 1,62 (m)
Entreeixo: 2,49 (m)
Porta-malas: 296 a 712 (litros)
Peso: 1.200 (kg)
Tanque: 45 litros