“Quem não tem cão caça com gato”, diz o ditado. Essa máxima se aplica perfeitamente a este arroubo da criatividade californiana. Admirador do estilo Mini e de suas tradições, encarroçador especialista em modelos especiais de Los Angeles (EUA), por encomenda, produziu esta exótica limusine sobre um Mini, com “kit” John Cooper Works (“tuning kit”). O carro batizado de Mini XXL fez sua estréia em Atenas, durante a abertura dos Jogos Olímpicos.
A limusine Mini Cooper S tem seis metros de comprimento. Para exibir tais dimensões passou por completa reformulação estrutural. Reforços, adaptações de todos os tipos e muito plástico foram necessários para construir o Mini gigante. Com capacidade para transportar até seis passageiros, oferece tanta comodidade quanto se imagina que teria uma verdadeira limusine: televisão de tela plana escamoteável, DVD, CD-player, ar-condicionado por zona, telefone para falar com o motorista, teto solar e até a possibilidade de reverter A porção traseira da estrutura.
Mas o principal atrativo do carro é a pequena piscina instalada na traseira, que permite que duas pessoas se acomodem confortavelmente em dias ensolarados. Além disso, entre outras vantagens, é fácil de operar e pode ser coberta por um teto removível.
Tudo já foi feito sobre a plataforma do Mini Cooper, porém sobre esta nova plataforma a versão limusine é novidade. O carro ganhou um eixo extra e mais duas rodas na traseira, alteração necessária para suportar o maior peso e a capacidade de carga projetada. O entreeixos (medida que não foi divulgada) certamente passa dos 3,5 metros e com isso o espaço interno ganhou outros ares.
Resta saber, por exemplo, se este Mini Cooper S está equipado com aquele câmbio de 8 marchas, duas à ré que a marca prometeu há alguns meses, ou se o motor recebeu a mesma preparação John Cooper Works, insatisfatória para o peso extra que o carrinho leva. Com as atuais dimensões o mais difícil, melhor dizendo, impossível é dirigir o Mini XXL esportivamente.
O conceito é um sucesso comercial. O carro tem várias aparições contratadas para após o término das Olimpíadas, todas pela Ásia e Oriente Médio. Isso prova que variar o estilo e ousar, mesmo com excessos, pode ser tornar comercialmente interessante.