Desde que o Fiat Uno chegou ao mercado brasileiro, sua proposta foi de ser um compacto com atraente espaço interno e boa relação custo-benefício.

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Desde 1984 pouco ou quase nada mudou no carrinho da montadora italiana instalada em Betim, MG.

Passou por alguns “face-lifts”, foi rebatizado de Mille -quando se limitou a motorização 1.0 – e, há dois meses, ganhou um econômetro. Mas manteve a sua filosofia inicial: ser um carro bom, nem tão bonito, mas barato.

E para dar mais um impulso às vendas a Fiat lançou a versão 2009 com o econômetro, que ensina o motorista a economizar combustível nesse que era um dos carros mais econômicos do Brasil.

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O Mille foi ousado nos anos 80s, mas parou no tempo. Apesar de continuar com estilo simpático, os “face-lifts” e mudanças de grades e faróis não modernizaram o modelo.

A única mudança foi o “econômetro”. Suas generosas portas facilitam os ocupantes acessarem o veículo e a iluminação interna é eficiente.

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O número de porta-objetos poderia ser maior e mais prático. A parte superior do painel, por exemplo, até comporta bem carteiras, chaves e telefones, mas ficam deslizando a cada curva ou freada.

Além disso, o Mille oferece boa área envidraçada, proporcionando ótima visão para o motorista, tanto na hora de atravessar cruzamentos quanto no momento de estacionar. O quadro de instrumentos proporciona leitura simp

les e objetiva, e o indicador do econômetro é de fácil visualização. O câmbio tem engates precisos, mas não tão macios.

A posição elevada do banco do motorista é outra aliada da dirigibilidade, mas o modelo não oferece regulagens.

A direção é precisa e macia. Seu porta-malas de 290 litros condiz com o segmento e é até maior que o do novo Volkswagen Gol – 285 litros.

Quanto à economia, no dia a dia a realidade é bem diferente. Primeira constatação: que é impossível andar o tempo todo com o ponteiro do “econômetro” no verde.

Explicamos: o Mille Economy tem um relógio no painel onde um ponteiro mostra como o motorista está dirigindo.

Se pisar muito o ponteiro sobe e denuncia que a maneira de dirigir não é econômica. Existem três cores: a branca, que indica que o “econômetro” está desligado, como numa parada diante do semáforo. Depois vem a amarela, mostrando o consumo alto, e finalmente, a verde, que é a direção econômica. Quanto mais para baixo o ponteiro, maior é a economia.

Mas o Mille Way Economy é econômico. Seu motor 1.0 de 66 cv de potência em rodovia, faz 13,5 km com um litro de álcool. E 11,1 km/l na cidade.

Números tão bons que animam o dono de um Mille a viajar por aí feliz da vida. Mesmo sem mudanças, continua entre os preferidos do consumidor.

Enfim, se você é um “mão-de-vaca” o novo Mille Economy é o seu carro. A compra do carro é racional. O que importa é o bolso. (BN)

Ficha técnica

Motor: Transversal, dianteira
Cilindros: 4 em linha
Cilindrada: 999,1 cm³
Tx de comp: 11,65:1
Potência: (ABNT) / regime 65 cv / 6.000 rpm (gasolina) – 66 cv/ 6.000 rpm (álcool)
Torque: (ABNT) / regime 9,1 kgm / 2.500 rpm (gasolina) – 9,2 kgm / 2.500 rpm (álcool)
Câmbio: Número de marchas 5 à frente e uma à ré Desempenho
Vel. máx.: 151 km/h (gasolina) / 153 km/h (álcool) 0 a 100 km/h 15,1 s (gasolina) / 14,7 s (&aacute,;lcool)
Consumo: (Norma NBR 7024)
Urbano: 15,6 km/l (gasolina.) / 11,1 km/l (álcool.)
Estrada: 22,0 km/l (gasolina.) / 15,6 km/l (álcool.)