Disposta a se aproximar do público jovem e, principalmente, daquele que ainda passa longe das concessionárias da marca, a Mercedes-Benz lança no Brasil o novo Classe A, totalmente repaginado. A primeira geração, que foi produzida por aqui de 1999 a 2005, rodava sob a forma de minivan compacta e com um visual pouco atraente aos olhos de quem tinha menos de 40 anos. A segunda, com dimensões maiores, foi praticamente ignorada em nosso mercado.
Já esta terceira significa uma nova fase da marca em solo brasileiro. Ela será a responsável por chamar a atenção para a nova família de compactos da empresa alemã. Na sua esteira virão em breve o sedã esportivo CLA e o inédito utilitário esportivo GLA. Há ainda o novo Classe B, que já circula por aqui desde o ano passado.
O Classe A terá ainda a missão de tirar o sono do BMW Série 1 e do Audi A3, no segmento de hatch médio premium, e elevar as vendas da Mercedes no país. A expectativa é vender 2 mil unidade do modelo ainda este ano.
Das gerações antecessoras, sobrou apenas a nomenclatura. O Classe A deixou de ser um monovolume para virar um hatch arrojado e com atributos para conquistar não só os pais, mas também os filhos. Disponível no mercado nacional por R$ 99.900 na versão A200 Turbo Style e por R$ 109.900, na A200 Turbo Urban, é o carro mais “jovem” da Mercedes e também a porta de entrada para o mundo da marca.
Sob o capô, o hatch traz o mesmo propulsor 1.6 turbo de 156 cv do Classe C. O câmbio é compartilhado com o Classe B. É de sete velocidades e dupla embreagem com troca manual por meio de borboletas atrás do volante (paddle shift).
O ponto alto na mecânica do carro é torque de 25,5 kgmf, disponíveis entre 1.350 e 4.000 rpm, o que garante uma ótima aceleração desde a primeira marcha. Com o câmbio no modo esportivo, as saídas de cruzamento e semáforos ficam ainda mais instigantes, com direito a um ronco agradável aos ouvidos vindo do motor turbo. De acordo com a montadora, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos e alcança 244 km/h de velocidade máxima.
Visual
Por fora, o Classe A exibe uma esportividade que certamente impactará quem está acostumado às linhas mais conservadoras da marca. A carroceria é baixa e a frente, alta e longa. A grade frontal perfurada, os fortes vincos nas laterais, o aerofólio integrado à tampa do porta-malas e o difusor traseiro reforçam o conceito de velocidade. Na traseira, as grandes lanternas trazem desenho pouco convencional, o que pode causar estranheza, mas nada que comprometa o figurino jovem do carro.
Por dentro, a sensação de esportividade está da posição de dirigir bem baixa, com banco tipo concha, ao parabrisa estreito, no melhor estilo carro de corrida, além das modernas saídas de ar inspiradas em turbinas de avião e emprestadas do SLS.
O acabamento é agradável e requintada, típico do padrão Mercedes, sem abusar do plástico. O que chama a atenção é a haste de câmbio localizada atrás do volante (e não no console). Segundo a marca, a ideia de reposicioná-la visa a valorização do espaço no console.
Conteúdo
O Classe A tem um bom nível de equipamentos, com direção elétrica, ar-condicionado digital, sistema Start/Stop, auxílio de partida em rampa, controle eletrônico de estabilidade ESP, freio de estacionamento elétrico, sete airbags, sensor de reconhecimento de fadiga do condutor, piloto automático, sensor de chuva e sistema de som com conexões USB, auxiliar e Bluetooth.
Destaque para o sistema Hold, usado nas paradas em subida. Ele é acionado ao pressionar com maior vigor o pedal de freio, travando o veículo e desligando o motor para que o motorista descanse os pés. Para andar, basta acionar o acelerador.
Ausência
Em um carro desta categoria, sente-se a falta da navegação GPS, nem como opcional, do sensor de ,estacionamento de série e de uma interface mais moderna para a central multimídia, cuja tela não é sensível ao toque.
Rodas de liga leve aro 17, dupla saída de escapamento com ponteiras cromadas, grade dianteira cromada e faróis bixenônio com LEDs como mostra a foto no alto da página estão disponíveis apenas na versão mais cara, a Urban. Na Style, as rodas são de aro 16”.
* O jornalista viajou a convite da Mercedes-Benz.
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