Haustin-Healey Especial em Curitiba

Antigomobilistas, sobretudo, que visitaram o XVII Encontro Sul-Brasileiro de Veículos Antigos, que acaba de ser realizado nas dependências do Clube de Automóveis e Antiguidades Mecânicas do Paraná, em Curitiba, tiveram a rara, no Brasil, oportunidade de conhecer um automóvel da marca inglesa Austin-Healey 100/4 M modelo Le Mans, ano de fabricação 1955, original e com características iguais àqueles produzidos com vistas à participação na famosa prova 24 Horas de Le Mans, na França.

Justificando a expressão “rara oportunidade” podemos afirmar que, a fábrica equipou apenas 600 veículos com o kit “Le Mans” de preparação do motor, procedimento que homologou o veículo de acordo com as exigências para participar daquela prova de caráter mundial.

Por outro lado, existem apenas três automóveis Austin-Healey l00/4 no país e um deles, dotado do kit “Le Mans” e importado pelo gaúcho Tino Manosso, veio rodando da Cidade de Caxias do Sul/RS até Curitiba, para deleite dos aficcionados de carros esportivos antigos, configurando-se como um dos destaques do evento.

O automóvel foi criado por Donald Healey em parceria com a Austin Motor Company.

O primeiro protótipo foi confeccionado em 1951, destinado à competição. Denominado 100 S, teve a produção de 88 carros.

Devido o sucesso nas pistas, passou a ser produzido em série para uso urbano, adaptando-se ao mesmo para-choques, capota de lona e para-brisa.

No ano de 1952 foram produzidos os primeiros 100/4 (o número 100 indicava que o carro atingia velocidade de 100 milhas por hora, enquantoque o 4 referia-se ao número de cilindros do seu motor), dotados de câmbio de três marchas à frente e de motor de 2.600cc (derivado do Austin A 90) e secção central da carroçaria confeccionada em alumínio.

Já em 1954 os carros passaram a ter câmbio de quatro marchas mais “over-drive” elétrico em terceira e quarta marchas, este funcionando como um desmultiplicador.

Agora, o “quente mesmo” era o kit de preparação que abrangia comando de válvulas especial, pistões e anéis de maior dimensão que os originais, deixando o motor com 2.900cc, além de capô de alumínio aletado e cinto de segurança, conjunto de faróis de milha com suporte especial.

A produção do carro foi encerrada em 1955, totalizando cerca de 10.000 unidades, 600 dos quais dotados do kit, quando foi iniciada então a produção do modelo 100/6, com 2.600cc e seis cilindros.

I OpaLapa

Todos os caminhos levarão os antigomobilistas, dia 30 do corrente mês, à vizinha e histórica cidade da Lapa, onde será realizado o I OpaLapa, ou seja, encontro de veículos antigos promovido pelo Clube dos Opaleiros de Curitiba. Na oportunidade, será comemorada a passagem dos quarenta anos da Família Chevrolet Opala, reunindo todos os entusiastas deste automóvel.

A confraternização dos opaleiros oriundos tanto de cidades do Paraná quanto de Santa Catarina será iniciada às 10h do dia 30, domingo, constando da programação a entrega de Certificado de Participação ao clube de cidade mais distante, ao Melhor Carro, ao Melhor Motor, ao Melhor Antigo 1969/79, ao Melhor Moderno 1980/92. Haverá ainda feira de peças.

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