Com o lançamento da Geração IV do Gol, a Volkswagen não escondeu sua intenção de se manter na liderança do mercado. É comercializado pela rede de concessionárias em três versões de acabamento: City 1.0 e 1.6, Plus 1.0 e Power 1.6 e 1.8, todas bicombustíveis. A antiga opção de entrada, a Special, deixou de existir. Segundo a montadora, as antigas gerações do modelo deixaram de ser produzidas e, a partir de agora, todos saem de fábrica com a nova configuração.
Muita coisa mudou na quarta geração do VW Gol. O visual foi rejuvenescido com as últimas alterações no capô, pára-choques dianteiro, tampa traseira e lanternas. E o conjunto final é agradável. Visto de frente, o carro ficou com visual mais limpo e moderno, com destaque para os novos faróis em policarbonato, transparentes e mais alongados e para o elemento em ?V? da dianteira, formado pelo novo capô com vincos para dentro, que se prolongam até o pára-lama, e pelo renovado pára-choque.
De acordo com a montadora, trata-se de linhas inspiradas no carro-conceito Concept R, que expressam a nova identidade visual mundial da marca e o aproxima dos seus irmãos europeus. Na traseira, as novidades ficam por conta das novas lanternas, em formato redondo, que lembram discretamente as do Polo. O novo aerofólio integrado à nova tampa, que traz a luz de freio incorporada, e o vidro vigia que cobre a coluna C realçam sua traseira. Além disso, o carro também ganhou nova alça de abertura do porta-malas acoplada à fechadura e limpador fixado no vidro.
No interior do modelo existem muitas novidades. A quarta geração do Gol ganhou novo painel de instrumentos, novos difusores de ar, parecidos com os do Ford Fiesta, nova cor ambiente, na tonalidade cinza e com detalhes em preto, acionamento dos vidros elétricos nas portas, novos porta-objetos (agora são 11 na versão de duas portas e 13 na de quatro portas), volante de três raios e novos tecidos de revestimento dos bancos.
Confortável para dois adultos na frente e até três crianças atrás. Mas cinco adultos altos ficam muito apertados. O porta-malas é bom (285 litros), embora não fique plano quando os encostos do banco traseiros são rebatidos. Objetos longos ficam apoiados apenas pelas pontas, desequilibrando-se. Na questão de espaço, não houve mudança considerável em relação aos modelos anteriores. (BN)
OLHO CLÍNICO
Avaliado em percurso urbano de aproximadamente 80 km, o novo Gol City 1.0 mostrou que continua com desempenho idêntico ao da versão anterior. O banco do motorista é confortável, com regulagem contínua da inclinação e altura. Os bancos dianteiros possuem bom curso longitudinal, permitindo posicionamento confortável para pessoas de até 1,90m. Os instrumentos estão muito bem posicionados, com visual agradável e nova configuração que permite rápida visualização dos mostradores. Sente-se apenas a falta do marcador de temperatura do motor.
Usando gasolina como combustível, o modelo agrega 65 cavalos de potência, torque máximo de 9,1 kgfm a 4.500 rpm, atinge os 100 km/h em 13,4 segundos e a máxima de 164 km/h. E com o combustível renovável, o carro alemão ganha 3 cavalos de potência, torque máximo de 9,2 kgfm a 4.500 rpm, faz de 0 a 100 km/h em 13,2 segundos e bate o ponteiro nos 165 km/h. Números satisfatórios tratando-se de um veículo 1.0.
Afinal, não poderia ser diferente, o conjunto mecânico é o mesmo. Entretanto, para um carro popular, onde o que vale é o baixo custo de manutenção, além da economia de combustível, o novo Gol não deixa a desejar. Com gasolina no tanque de 51 litros, o carro garante autonomia de 772 km e consumo médio urbano de 13,6 km/l. Com álcool, o consumo médio na cidade fica em 9,3 km/l. Nas rodovias, o carro faz 17 km/l com gasolina e 11,3 km/l com álcool.
As arrancadas são boas e a manutenção da velocidade com o motor ?cheio? (acima de 4.000 rpm) também agrada. Na cidade e nas retomadas estão os pontos negativos: o motor não é ?esperto? em baixas rotações. Acelerar só aumenta o barulho, e praticamente não acontece mais nada. A suspensão é confortável e isola muito bem os ocupantes das irregularidades do terreno. Tem-se a agradável sensação de maciez, normalmente só encontrada em veículos mais pesados, não obstante sem desequilíbrios. A estabilidade é boa, com reações neutras nas curvas.
Manutenção é um dos mais fortes pontos na hora de optar por esse veículo. A mecânica é confiável, porém simples: as partes que necessitam de manutenção geralmente são de fácil acesso e qualquer mecânico com alguma experiência conhece os componentes básicos e suas peças são encontradas com facilidade. Enfim, o Gol City 1.0 Total Flex tem preço competitivo, bom desempenho e bom valor de revenda. (BN)
FICHA TÉCNICA
Motor: Quatro cilindros, longitudinal, duas válvulas por cilindro
Cilindrada: 999 cm³
Potência: 65 cv a 5.750 rpm (G) e 68 cv a 5.750 (A)
Torque: 9,1 kgfm a 4.500 rpm (G) e 9,2 kgfm a 4.500 rpm (A)
Taxa de compressão: 10,8:1
Câmbio: Manual, de cinco marchas
Comprimento: 3,93 m
Largura: 1,64 m (2 p) e 1,65 m (4 p)
Altura: 1,41 m
Entre-eixos: 2,46 m
Porta-malas: 285 litros
Peso: 867 kg (2 p) e 892 kg (4p)
Tanque: 51 litros
Preço: a partir de R$ 24.187,00