Ford surpreende mercado com Fiesta Supercharger

O totalmente novo Ford Fiesta chega às revendas da marca na última semana de maio, com proposta ambiciosa de oferecer a melhor combinação de estilo, espaço e prazer em dirigir do mercado. Produzido no Complexo Industrial da Ford Nordeste (Camaçari-BA), o novo Fiesta foi projetado e construído com alta tecnologia automotiva, com investimentos de US$ 1,9 bilhão.

Evidenciam sua modernidade às linhas inspiradas no estilo New Edge, já usadas no Focus, Ka e Novo Mondeo. O capô é curto e a ampla área envidraçada se estende por uma terceira janela lateral, que proporciona aos ocupantes, ambiente amplo e iluminado. Os faróis grandes e marcantes dominam a dianteira e incorporam as luzes direcionais dos piscas, com desenho inspirado nas lentes fotográficas.

Seu estilo dianteiro é caracterizado pela grade em formato de arco, que identifica a nova família de automóveis da marca. A grade inferior tem forma de trapézio. Mas se o carro é bonito ou não, isso depende do gosto de cada um. Na traseira, destacam-se as lanternas elevadas, alojadas nas colunas.

O espaço interno do Novo Fiesta acomoda até cinco pessoas de porte médio com conforto. E seu porta-malas tem capacidade de 305 litros. O carro ficou 67 mm mais largo, 131 mm mais alto e 80 mm mais comprido, por exemplo, que o Fiesta Street. A distância entre eixos também é 42 mm maior, o que proporciona espaço extra, principalmente para as pernas dos ocupantes do banco traseiro.

Exceto pelo nível de equipamentos, o acabamento interno é o mesmo em todas as versões. O painel feito de plástico, moldado numa única peça, transmite a impressão de que a redução de custos foi levada a sério. Todos os controles ficam à mão, mas o que realmente chama a atenção são as saídas de ar, com um novo “design”, e que distribuem muito bem a vazão de ar. O banco traseiro é bipartido, proporcionando mais espaço quando necessário.

Nada de revestimentos sofisticados, mas o nível de simplicidade deve desagradar apenas aos mais exigentes. Com densidade pouco acima do ideal, os bancos também vêm com padronagem simples. O volante tem boa empunhadura, mas seu acabamento deixa a desejar. Poderia ser melhor. Detalhe a ser mudado: o carpete solto no porta-malas (de 305 litros), com o triângulo de emergência instalado no assoalho, obrigará o motorista a retirar toda a bagagem para acessá-lo. A luz do botão do ar-condicionado, é difícil de ser vista com a claridade do ambiente. E parafusos aparentes (principalmente os da fixação dos bancos) reforçam o ar despojado do interior.

O desempenho do Supercharger surpreende

Carro 1.0 que “anda” quase como 1.6, sem auxílio de turbo. Essa foi a grande surpresa da Ford no lançamento do novo Fiesta, produzido no Complexo Industrial de Camaçari, na Bahia.

O novo Fiesta conta com o desempenho de três versões do motor Zetec RoCam: a 1.0 de 8V com 66 cv; a 1.0 8V Superchanger de 95 cv; e a 1.6 8V de 98 cv de potência, que além de atender o mercado interno será exportado para o México, Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile e Uruguai.

Os acostumados com a suspensão “macia”, típica dos modelos Ford, vão se surpreender com a calibragem mais firme, principalmente ao passar por lombadas. Mas as irregularidades do piso são bem absorvidas, graças a boa rigidez torcional (65 % maior que a do Fiesta antigo), do subchassi no eixo dianteiro e dos calços instalados para enfrentar os buracos no asfalto.

Primeiras impressões

Ao volante do Novo Fiesta, nota-se a ampla visibilidade e ergonomia, com os comandos à mão. O seu ponto alto é a dirigibilidade. Sua estabilidade deve-se à avançada tecnologia aplicada no projeto do chassi, de estrutura sólida e reforçada, à precisão geométrica da carroceria e, ao acerto da suspensão e direção.

No caso da versão 1.0, sem compressor, os 66 cavalos demoram para fazer o ponteiro do velocímetro se mover. Segundo a montadora acelera de 0 a 100 km/h em 18,2 segundos e chega aos 150 km/h. Mas com o motor 1.0 Supercharger, de 95 cv alcançados graças ao compressor volumétrico, o desempenho é outro. Acelera de 0 a 100 km/h em 12,9 segundos e chega a velocidade final de 176 km/horários.

O Fiesta Supercharger equipado com caixa de câmbio de cinco marchas, incorpora um compressor mecânico acionado por correia pelo virabrequim, que aumenta o rendimento volumétrico do motor. O componente, desenvolvido pela Eaton em conjunto com a Ford, constitui a primeira aplicação dessa tecnologia em um carro “popular”. O seu grande diferencial é proporcionar ao motor 1.0 potência equivalente à de um motor 1.6, conservando as vantagens de preço, economia e durabilidade. Segundo a Ford, o novo propulsor é projetado para ter uma vida útil de 240 mil quilômetros e exige baixa manutenção.

Mas quem espera baixo consumo (típico de um modelo 1.0) vai se decepcionar. Durante o “test-drive” realizado nas adjacências de Camaçari no litoral baiano, tivemos a impressão que o marcador de combustível moveu-se mais rápido que o esperado. Com o compressor funcionando o tempo todo, o consumo sobe consideravelmente.

O preço do Novo Fiesta pode ser considerado competitivo: R$ 18.990,00 para a versão básica 1.0 denominada Personnalité; R$ 22.990,00 para a versão 1.0 Supercharger; e R$ 24.990,00 para a versão 1.6 Class.

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