Fiat Punto: referência para o novo Palio 2004

O carro “básico” da Fiat no Brasil é o Palio. Mas na Europa, é o Punto que ocupa este posto na linha de montagem da montadora. Abaixo dele ainda existe o Panda, que lá tem quase a mesma função do Uno Mille por aqui, com preço baixo e sem compromissos com a atualidade tecnológica.

Não foi por acaso que a montadora lançou o novo Punto, baseado no modelo de 1999 com o visual retocado, que lhe deu aspecto mais jovial e moderno. Embora o carro ainda não seja comercializado aqui no Brasil, o novo “design” do Punto é do interesse do consumidor brasileiro.

Ocorre que, embora a Fiat não confirme oficialmente, no segundo semestre deste ano o Palio vai passar por nova reestilização. E o novo Punto deverá ser exatamente a referência para esta mudança, que resultará num “novo” Palio.

O Palio atualmente comercializado no Brasil exibe o mesmo visual há três anos – que por sua vez foi um leve retoque dado no modelo lançado em 1996. Como disputa com o VW Gol a liderança do mercado brasileiro e é o carro-chefe de vendas da marca italiana no País, nada mais lógico do que se tentar incrementar sua competitividade. E é bom lembrar que o Palio também já sofre “ataques” dos modelos Chevrolet Celta e novo Corsa, frutos de projetos mais modernos.

O novo Punto, até que curiosamente, tem linhas que lembram o “rival” do modelo brasileiro. Sob certos aspectos seu “design” lembra bastante o do Gol. Isso acontece principalmente na frente, onde o capô exibe vincos acentuados convergindo rumo à grade, que por sua vez é avançada e tem desenho retangular. Ou seja, duas características típicas do compacto da Volks. Os conjuntos óticos, porém, lembram modelo de outra marca: o Corolla. Isto porque as lentes dos faróis são amplas e repetem o recurso estético dos contornos superiores irregulares vistos no sedã produzido no Brasil pela Toyota. Abaixo do conjunto ótico, porém, aparece outro detalhe que reaproxima o Punto do Gol: o pára-choque “bojudinho” com tomada de ar auxiliar.

Na traseira, porém, o Punto adota visual que, entre os modelos Fiat vendidos no Brasil, apenas a perua Marea Weekend ostenta: as lanternas verticais de tamanho graúdo instaladas nas colunas traseiras. Mas as do Punto têm forte personalidade, graças as linhas arredondadas e do pequeno “prolongamento” sobre a tampa do porta-malas. A quem, aliás, dá um “charme”, já que a peça é “chapada”, lisa e sem detalhes. O toque de elegância, porém harmonioso do conjunto, é dado pelo vidro traseiro, cujas bordas são em tom “fume”. Por outro lado, o pára-choque traseiro segue estética mais conservadora, com tamanho e visual bem discretos.

Sob o capô, o novo Punto contará com nada menos que oito opções de motores. Quatro já conhecidos do Punto anterior: as unidades 1,2 litro Fire de 8 e 16 válvulas com potências de 60 cv e 80 cv, a “top” 1.8 16 válvulas de 130 cv e a turbodiesel 1.9 JTD de 85 cv. A eles vêm juntar-se as opções de um novo motor da linha Fire com 1,4 litro, 16 válvulas e 95 cv e dois novos turbodiesel, com 1,3 litro 16 válvulas e 70 cv ou 1,9 litro oito válvulas de 100 cv.

Além de todos estes, a Fiat também poderá dar ao Punto a opção de um motor “bicombustível”. Apto a funcionar com gasolina ou metano, este motor trabalha com dois sistemas independentes. O “padrão” é o do metano e o modelo só precisa da gasolina para dar a partida. Depois, automaticamente passa a trabalhar com o metano. Mas o motorista pode selecionar o uso contínuo de gasolina por intermédio de botão instalado no painel de instrumentos.

Mas o Punto também pode ser “sofisticado”. Dependendo da versão, pode ser equipado com itens como controle eletrônico de estabilidade, freios com ABS, distribuidor eletrônico de torque e duas opções de transmissões automáticas gerenciadas eletronicamente. Nos tempos que correm, em que a última palavra pertence à carteira do consumidor, isto pode ser meio caminho andado para o tão ansiado sucesso.

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