Comprou a fábrica da antiga Tritec Motors, em Campo Largo, no Paraná, fruto de uma “joint-venture” que fabricava motores para modelos da BMW e da Chrysler – entre eles, o MINI Cooper e o PT Cruiser.
Em seguida, modernizou a unidade fabril com um sistema de produção enxuto e altamente robotizado. E hoje a montadora usa seus dois novos motores compactos, nos veículos que produz, como o Punto 1.8 16V Sporting que avaliamos.Por fora o Punto não mudou nada, verdade. Em seu interior, as modificações também foram mínimas.
Por dentro, as pequenas alterações caíram bem no compacto “premium”, uma vez que a Fiat manteve o bom nível de acabamento, com materiais que agradam aos olhos e ao toque, e bons encaixes. Mas a visibilidade traseira é ruim.
Se antes faltava potência ou conforto sonoro ao Punto, agora a história é outra.
Até o comportamento dinâmico está mais acertado que antes. Mas, como a carroceria é exatamente a mesma, o porta-malas é um pouco limitado, e a frente raspa com certa facilidade em entradas e saídas de rampa.
A Fiat recalibrou o conjunto de suspensão do Punto, para acomodar o motor 1.8 16V, que mantém a tradicional maciez dos carros da marca, e que também se mostrou firme o suficiente.
Com isso, a comunicação entre as rodas e o volante foi beneficiada. Mas as evoluções mais sensíveis no “hatch” estão relacionadas ao motor. Principalmente pelas respostas ao pedal do acelerador.
E seu maior ímpeto ficou nítido logo as primeiras arrancadas, quando aceleramos o Punto com força, nos obrigando a aliviar constantemente o pedal do acelerador e usar o do freio.
Quando se atinge 2.500rpm, e o tanque está abastecido apenas com etanol, o E.torQ 1.8 16V entrega 93% do torque (da força), que representa 17,5kgfm, o suficiente para que o carro consiga boas retomadas de velocidade, garantindo ultrapassagens rápidas e seguras.
Com o novo motor 1.8 E.torQ, o Punto Sporting, um carro que tem belas linhas (criadas por Giorgetto Giugiaro) e bom nível de equipamentos, virou outro veículo, gostoso de dirigir e econômico.
