Fabricante alemã busca reviver melhores momentos do A3

No período em que foi fabricada em São José dos Pinhais, entre 1999 e 2006, a primeira geração do A3 saboreava o sucesso entre o público jovem que buscava esportividade e status proporcionados pela marca. Essa febre passou com a segunda geração, que vinha importada e cerca de 40% mais cara. Agora, com a chegada da terceira geração, a fabricante alemã busca reviver os melhores momento do A3 no país.

Em maio desembarcou a versão Sport (duas portas) e esta semana foi a vez da Sportback (quatro portas). O modelo deverá assumir o papel de protagonista da Audi no Brasil se confirmada a volta da produção do carro no Paraná, o que tornaria os preços bem mais convidativos a ter um A3 na garagem.

O Sportback está à venda em dois tipos de motorização a gasolina: a 1.4 Attraction TFSI, de 122 cv, que tem preço sugerido de R$ 94,7 mil, e a 1.8 Ambition TFSI, de 180 cv, por R$ 124,3 mil, ambas acopladas ao câmbio S tronic de sete velocidades com dupla embreagem. A marca prevê que propulsor mais forte responderá por 60% das vendas. “Em ano cheio pretendemos chegar a 1,5 mil unidades”, afirma o gerente de marketing, Gerold Heinz Pillekamp Filho.

O A3 Sportback manteve praticamente as dimensões externas do carro anterior. O entre-eixos, porém, aumentou 5,8 centímetros, indo para 2,63 m e resultando em mais espaço atrás. O modelo ganhou vincos mais fortes nas laterais que o deixam com a aparência de ser mais largo e baixo do que antecessor, o que na verdade não é. A traseira também parece mais esticada nas extremidades por causa do formato horizontal das lanternas.

A frente repete o visual agressivo visto nos demais produtos da Audi, com a habitual grade em forma de trapézio e os faróis de xenônio com um filete de LED contínuo, sem aquele aspecto pontilhado.

A nova geração do A3 está mais enxuta por dentro em números de botões, mas o nível tecnológico dos equipamentos foi elevado. Destaque para o sistema MMI Touch, que traz no console o comando central por seletor giratório e sensível ao toque (opcional). Sobre ele é possível escrever com a ponta dos dedos e facilitar a localização de músicas no rádio ou nomes na agenda de um celular exibidos na tela retrátil de 7” ou então configurar o GPS. O navegador pode ser comandado por voz e, pela primeira vez, pronuncia instruções no português do Brasil.

O freio de estacionamento trocou a alavanca de mão pelo acionamento via botão. A versão 1.8 conta com o Audi Drive Select, uma função que permite optar entre cinco formas de dirigir: Efficiency, Comfort, Auto, Dynamic e Individual. A escolha afeta a atuação do acelerador, do câmbio e da assistência de direção. O ar-condicionado de duas zonas também é exclusivo do 1.8.

O sistema de som oferece uma solução interessante para deixá-lo ainda mais potente. A Audi aproveitou a parte côncava do estepe virada para cima para encaixar ali o subwoofer. Ganho na acústica dos graves e no espaço para a bagagem no porta-malas (365 l).

O pacote de série inclui ainda controle eletrônico de estabilidade e tração, faróis bixenônio com ajuste automático de altura, rodas em liga leve de 17” (pneus 225/45), sete airbags, sensores de iluminação e de chuva e teto solar panorâmico Open Sky.

Esportividade

Antes de girar a chave, é fácil encontrar a melhor posição para dirigir graças à regulagem elétrica do banco do motorista (não disponível para o assento do passageiro). Tem, inclusive, ajuste automático para apoio lombar.

Apesar de ser mais fraco que o motor 2.0, de 200 cv, da geração anterior, o propulsor 1.8 16V, de 180 cv com turbocompressor e injeção direta do novo A3 oferece uma aceleração digna de carro esporte. A mesma sensação de colar o corpo no banco a cada acelerada mais forte continua. Uma vez que entrega de torque expressivo e constante de 23,4 kgfm desde as rotações mais baixas (varia de 1.250 a 5.000 rpm) deixa o motor sempre “cheio” após cada troca de marcha. O bloco é muito suave e silencioso e n&atild,e;o passa a noção da real velocidade. A 120 km/h, em sétima marcha, o conta-giros indica apenas 2.100 rpm.

O câmbio semiautomático S-tronic de sete marchas também ajuda, e muito, neste desempenho, pois contém o sistema de dupla embreagem, que faz trocas de marchas em milésimos de segundo, deixando as mudanças imperceptíveis. O dirigir fica ainda mais divertido quando o modo Sport é acionado e o motorista tem a possibilidade de trocar as marchas por aletas atrás do volante multifuncional.

Segundo a Audi, o A3 faz de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e atinge 232 km/h de velocidade máxima, desvantagens sutis em relação ao antigo de 200 cv, que fazia a aceleração em 6,8 s e atingia 238 km/h. Na opção de condução mais eficiente, é possível obter um consumo médio de 18 km/litro de combustível, conforme a montadora. A economia é melhorada pelo sistema Start-Stop, que desliga automaticamente o motor em paradas de semáforo, cruzamento e congestionamento. Para a versão 1.4, de 122 cv (o mesmo motor do A1), a fabricante informa 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e 203 km/h. Seu consumo combinado é de 20 km/l.

* O jornalista viajou a convite da Audi.


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