De “motoboy” a campeão de motovelocidade em 2002

Entregas rápidas e eficientes eram o objetivo de William Pontes antes de se tornar o Pamonha. William Pontes, motofrete de uma pamonharia, por isso ficou conhecido como Pamonha no motociclismo, entrou no mundo da motovelocidade sem grandes pretensões e consagrou-se por antecipação como campeão brasileiro de motovelocidade de 2002 já na penúltima etapa do campeonato.

A história de Pamonha no motociclismo começou em 2000, quando alguns colegas de profissão comentaram sobre o Campeonato Brasiliense de Motovelocidade (125 cc). A notícia despertou o interesse do futuro campeão, que se inscreveu para a prova. “Sempre gostei de correr de moto e fazia isso durante minhas entregas, por isso, resolvi correr nas pistas. Além de realizar meu sonho, tornei-me um motociclista mais responsável fora delas”, conta Pamonha.

Para essa primeira corrida, Pamonha utilizou a moto de trabalho, uma Honda CG 125 cc, ano 99. A única preparação feita foi a retirada da caixa de entregas, dos retrovisores e do farol. Já o material de segurança exigido para os competidores, como joelheira e cotoveleira, foram confeccionados por ele e seu irmão com estofamento de carros e tubos de PVC. Mesmo com todas as dificuldades, Pamonha terminou a prova na 3.ª colocação.

Sem patrocínio e com muitas dificuldades, Pamonha terminou em 4.º lugar no campeonato brasiliense e em 5.º no brasileiro. Mas, para quem dormia nos boxes, corria 4 provas com o mesmo jogo de pneus, seguia de ônibus para as corridas, essas colocações foram incentivo para que ele não desistisse.

Em 2002, Pamonha consegue patrocínios da Cometa Motocenter e da Pamonha Pura e começa a mudar sua história. Com uma Honda 0 km 125 cc, o piloto passa a competir na ponta e obter resultados. A garra e determinação desse brasiliense fizeram dele o atual campeão brasileiro. “E o que é melhor, por antecipação”, salienta Pamonha.

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