A Chrysler revelou no Salão de Nova York, ainda como carro-conceito, o sedã de luxo que substituirá o 300M no próximo ano. Denominado 300C, em alusão ao modelo que iniciou a “série letra” (o C300) em 1955, suas linhas emprestam traços do cupê Crossfire, já em produção, e do sedã conceitual Airflite, apresentado em Genebra em março.
A mais importante novidade é o retorno à tração traseira, tendência nos EUA, facilitada em muito pela fusão com a M-Benz, já que muitos componentes, como suspensões e o câmbio automático de cinco marchas, podem ser partilhados pelas duas marcas. Mas o chassi prevê a possibilidade de tração integral. E o motor V6 deu lugar a um V8 Hemi (com câmaras hemisféricas) de 5,7 litros, o mesmo do picape Ram.
O desenho do 300C rompe com o conceito de cabine avançada (“cab forward”) que norteou os sedãs Chrysler na década passada, adotando um capô longo e linhas tradicionais ? para alguns em excesso, chegando a lembrar o desarmônico Rolls-Royce Phantom, um dos carros mais criticados dos últimos tempos.
Como é comum nos conceitos, as rodas são enormes, de 20 pol, devendo ficar entre 16 e 18 polegadas na versão definitiva. O interior parece-se com o do conceito Magnum SRT-8 – apresentado em Detroit e que também será fabricado em série-, com predomínio de formas angulosas.