Motor Show 2016

Chegou a hora de se despedir do Autódromo Internacional de Curitiba?

O Autódromo Internacional de Curitiba (AIC) foi vendido e deve virar um empreendimento residencial. Mas antes de ser desativado, o evento que fará a despedida do local é o Curitiba Motor Show 2016, que acontece neste sábado (14) e domingo (15) no local. É a oportunidade que aficionados por motores, sejam eles em duas, quatro ou mais rodas, têm para conhecer o que há de melhor em peças e serviços automotivos. É também a oportunidade que empresários do ramo têm de fomentar novos parceiros e clientes.

Rafael Casagrande, organizador do evento, disse que a crise não foi suficiente para encolher o Motor Show deste ano. Pelo contrário, mesmo com todas as dificuldades que o cenário econômico vem apresentando a todos – este ano o projeto teve apenas um patrocinador – o objetivo é não deixar o mercado automotivo enfraquecer. É ligar o interessado em comprar, com o interessado em vender. Para isto, haverá o Business Day, no sábado, quando o número de visitantes é menor e clientes e expositores podem conversar com mais tempo e detalhes.

E Rafael ainda alerta que, mesmo com o fechamento do Autódromo, o projeto Motor Show não vai acabar. Além dele acontecer em outras cidades do Paraná (em Londrina, ocorrerá na primeira semana de dezembro), dois locais na capital estão sendo negociados para a continuidade do Motor Show em Curitiba. “E claro que, dependendo do local que for escolhido, o evento precisará passar por readequações. Mas o projeto Motor Show continua”, disse Rafael.

Último

Por conta do apelo de ser o último evento a acontecer no AIC, o número de participantes inscritos aumentou nesta edição. Há mais veículos que no ano passado, dos mais variados tipos. De carros antigos a populares, de personalizados a originais, vários clubes e expositores individuais levarão seus bólidos para o Motor Show. E como forma de despedida, revelou Rafael, a intenção é colocar todos no circuito de Curitiba para rodarem, e não ficarem somente em exposição.

Road Tour e Desafio 201 metros

Muita gente está querendo se despedir do Autódromo Internacional de Curitiba (AIC). Por isto, muito mais carros estão inscritos para participar do evento este ano. Inclusive para o Road Tour, em que Hot Rods de todo o País vêm participar do Motor Show. Ao invés de virem sobre plataformas ou dentro de caminhões, esses Hots vem de vários locais rodando pela estrada, com apoio das autoridades policiais. Para este ano, há 55 inscritos, incluindo caravanas da Argentina e Uruguai.

Além dos hots, também há outros veículos (clubes e customizados) vindos de várias cidades brasileiras. Só de Cascavel, por exemplo, virão 24 veículos em comboio. De Joinville, serão 15 carros.

Chegou a hora de se despedir do Autódromo Internacional de Curitiba?
Foto: Fabiano Guma/Divulgação

Desafio

Além do “pé” no asfalto, os Hots do Road Tour e outros da grande Curitiba participarão do Desafio 201 metros, na pista do Autódromo. Eles e Muscle Cars (esportivos americanos ou coupé, até a década de 50, que se destacam pela potência absurda e velocidade) vão duelar para ver quem faz o melhor tempo, numa reta de 201 metros.

Os carros são emparelhados, de dois em dois, e arrancam ao sinal verde. Ao longo dos 201 metros há sensores, que vão cronometrando o tempo. Assim, os veículos vão sendo eliminados, até se chegar ao mais rápido de todos.

A pista de arrancada normal tem 402 metros. Mas, como Hots e Muscles são veículos especiais, não exatamente preparados para este tipo de competição, a pista é encurtada por questões de segurança, para que não sejam levados ao extremo. E o público, em geral, não se importa, quem é o mais rápido, e sim, o show que as arrancadas destes veículos proporcionam.

Atrações em todos os cantos

O Curitiba Motor Show tem atrações para todos os gostos e emoções. Além das lojas, que vão mostrar seus produtos e serviços, haverá exposições de veículos diversos, originais ou customizados, antigos ou nem tanto assim. Vários deles, organizados em clubes, vão inclusive participar da Gincana de Clubes, que deu o tricampeonato ao Clube Palio, ano passado.

Na pista “grande”, carros especiais vão participar de arrancadas e desfiles, apresentações de wheeling (manobras radicais com motos), burn out (queimas de pneu) e manobras radicais. Numa pista bem menor, dentro de um dos boxes, visitantes vão assistir aos pegas dos carros controlados por rádio, em campeonatos de Drift. A modalidade é a arte de competir em pistas, porém propositalmente derrapando o carro nas curvas, sem que o piloto perca o controle da direção ou saia do traçado.

Lá nos boxes também haverá competições diversas, inclusive a de veículos rebaixados. Aqueles com a melhor técnica (conjunto de alterações em batentes, coxim do motor, altura do cárter, entre outras, além da própria diminuição de molas) levam a medalha para casa.

Todas estas atrações serão embaladas por apresentações de bandas de rock dos anos 40 e 60, que tocam do rockabilly ao blues. É o Rock´n Race Festival, que terá um palco montado atrás da área de boxes. Belas modelos, vestidas ao estilo anos 60 (Pin ups) também vão lavar carros de estilos diferentes. As “lavações” estão previstas para 11h, 13h e 15h30 de sábado, e 11h, 13h e 16h30 de domingo, nas áreas de box e de hot rods. Visitantes também concorrem a quatro vôos panorâmicos de helicóptero.

Última chance de conhecer a pista

Se andar na pista do autódromo é exclusivo para expositores do Motor Show, o evento vai dar uma chance aos visitantes de sentirem como é o traçado do Autódromo Internacional de Curitiba (AIC). Isto será feito através de um simulador, programado com a pista de Curitiba, que logo deixará de existir, já que o autódromo foi vendido. E quem andar no simulador participa de uma competição, em que o dono do melhor tempo do dia ganha um troféu e mais alguns prêmios do Motor Show.

A inscrição da competição é R$ 20. André Luiz Santos, proprietário CWB Simuladores, explica que o equipamento simula a situação real de um piloto de Stock Car, já que a cadeira vibra e o volante possui a tecnologia force feedback, que faz uma pressão igual a de carros de corrida da modalidade. O “piloto” ainda tem a sua frente três telas de 32 polegadas cada, onde tem uma noção real do circuito com imagens em 3D, em formato de game (jogo).

O participante poderá dar três voltas no circuito. A que tiver o menor tempo será registrada para a competição. Geralmente, diz André, os homens são mais rápidos que as mulheres, mas também estragam mais os carros, aceleram demais e saem da pista.

O simulador tem todos os circuitos brasileiros de Stock Car, além de um game chamado Project Car. Na modalidade Road América, diz André, há pistas muito legais e carros diferenciados, como Audi R8 e Ferrari. A dirigibilidade do jogo e as imagens e o som são melhores que o game de Stock Car. O competidor consegue sentir melhor o carro e a velocidade. Conforme for o campeonato, André cogita a possibilidade de deixar este game disponível também aos participantes.

Chegou a hora de se despedir do Autódromo Internacional de Curitiba?
Foto: Divulgação

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