Baixa renda: o maior obstáculo do mercado

Durante o Congresso 2003 da SAE Brasil realizado recentemente, o presidente da Delphi do Brasil, Gábor Deak, declarou que para estimular as vendas internas de veículos é necessário melhorar a renda da população, reduzir a taxa de juros e os impostos.

Segundo o executivo, que participou do painel Blue Ribbon – Estratégias para Exportação, durante o Congresso 2003 da SAE Brasil, um programa de renovação de frota, a inspeção técnica veicular e o carro do trabalhador, defendido pelo governo e pelo Sindicato dos Fabricantes de Autopeças (Sindipeças) também são boas alternativas para impulsionar o mercado interno.

Gábor apresentou dados da Fiat do Brasil que mostram que 12,7% da população, que tem renda superior a R$ 2 mil, compra 89,6% dos automóveis. As pessoas que têm renda entre R$ 1 mil e R$ 2 mil (16,9% do total) compram 10,4% dos carros, e o restante da população brasileira, 70,4%, não compra nenhum automóvel. Para aumentar as vendas internas no Brasil, esta parcela da população tem que ter acesso à compra de um veículo.

Segundo dados do Banco Mundial, no Brasil, existe um automóvel para cada 8,4 pessoas, número dentro da média mundial que é de 8,1 habitantes por automóvel. Segundo o executivo, para o País crescer também é necessário remover as barreiras de importação e exportação, melhorar a logística e revisar a política tributária.

O executivo ressaltou que o Brasil é um país competitivo, mas precisa melhorar sua imagem muitas vezes riscada pelos problemas de logística que apresenta, como as altas taxas portuárias, rodovias e ferrovias deficientes e burocracia excessiva, que atrapalham as exportações.

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