Astra 2.0 Flexpower é ágil, estável e bom de curva

No início de maio deste ano, a GM do Brasil começou a vender o Astra bicombustível, com poucas mudanças estéticas, mas com novas nomenclaturas para suas versões, que agora são quatro: Confort, a mais em conta; Elegance, a intermediária; Elite, a “top” de linha, e a conhecida GSI, que mantém a motorização 2.0 16V a gasolina. Além dessa versão esportiva, a montadora também manteve o sedan 1.8 a álcool, que tem como objetivo atender taxistas e frotistas.

ESTILO

Aqueles que esperavam alguma coisa diferente na linha do carro bicombustível da GMB, pelo menos semelhante à nova versão européia do Astra, se decepcionaram. O modelo brasileiro não lembra nem de longe a nova versão lançada no mercado europeu. As novidades estéticas ficaram por conta da grade dianteira grafite, da ponteira do escapamento polida e ovalada, dos adesivos decorativos na coluna central e das novas rodas de 16 polegadas.

Internamente, o carro recebeu alterações no painel de instrumentos – com moldura preta, fundo cinza, grafismo branco e ponteiros laranja para a versão Confort e moldura preta com fundo branco, grafismo e ponteiros pretos com anéis cromados para as versões Elegance e Elite -, bancos dianteiros mais largos e com ajuste de apoio lombar, luz de alerta para as trocas de marchas e console central do painel de madeira (Elite). Seu porta-malas tem capacidade para 460 litros de bagagem.

Generosa lista de itens de série acompanha o sedã, tais como: alarme de acionamento à distância, travas elétricas, fechamento automático das portas, duplo “airbag”, alarme sonoro de faróis acesos e chave na ignição, espelho retrovisor interno com escurecimento automático e antiofuscante, regulagem elétrica da altura dos faróis, sistema de velocidade programada, piloto automático, computador de bordo, e controle do rádio no volante.

A GM do Brasil mantém planos ambiciosos para o Astra. Com a nova versão bicombustível a montadora projeta crescimento de cerca de 20% para este ano frente ao resultado assinalado no ano passado. Em números, a meta é vender 3.600 unidades/mês ante 3.000/mês com o modelo anterior. Deste total, 50% do modelo “hatch” e a outra metade de sedãs. Em julho passado a montadora de São Caetano (SP) comercializou 3.333 unidades da linha 2005 do Astra 2.0 Flexpower. (BN)

OLHO CLÍNICO

Avaliado pela equipe do Jornal do Automóvel, o Astra 2.0 Flexpower mostrou mais fôlego com motor bicombustível, principalmente quando há apenas álcool no tanque.

O carro mostrou boas melhorias em relação à versão anterior. Isso pode ser atribuído à maior taxa de compressão, que passou de 9,8:1 para 11,3:1, melhorando o desempenho e o consumo de combustível. De acordo com dados da montadora, com gasolina no tanque o carro gera 121 cavalos de potência e com álcool 127,6 cv. O torque máximo é de 18,3 kgfm a 2.600 rpm com gasolina e de 19,6 kgfm a 2.400 rpm com álcool.

A suspensão do tipo McPherson é outro ponto positivo. Nos diversos tipos de piso o conforto não foi comprometido. No trecho de curvas bem acentuadas o carro também manteve regularidade e estabilidade sem pregar sustos. A suspensão permite que o modelo enfrente curvas sem medo, com inclinação mínima da carroceria, ajudado pelas enormes rodas 6×16″ feitas em liga-leve. Os pneus 205/55R16 fazem o carro ficar “no chão”.

O carro não mostrou, na avaliação, qualquer tendência a sair seja de frente ou de traseira nas manobras realizadas, com suspensões bastante rígidas, próprias ao desempenho. Seus freios são um capítulo à parte. Muito bons, a disco ventilados na dianteira, sólidos na traseira e com sistema ABS de 5.ª geração.

A capacidade de ganhar terreno, de acelerar, deste carro é seu ponto alto. Ele realmente impressiona. É pisar e ter resposta na hora. O nível de ruído interno não incomoda. É até razoável frente aos concorrentes diretos. Vale dizer que a sensação de robustez dos carros da GMB é bem demonstrada neste médio, o Astra, com aquela sensação de carro de maior porte e de encaixes bem arranjados no painel.

Com a transmissão automática o consumo do Astra 2.0 bicombustível na cidade, rodando com álcool no tanque, é de 7 km/l e 10 km/l em estradas. Com gasolina, o carro faz 10 km/l em trechos urbanos e 14 km/l nas rodovias. Mas esses números dependem em muito da maneira de dirigir de cada motorista.

A ergonomia é boa e você encontra rapidinho uma posição adequada para a sua altura devido à regulagem de altura do banco do motorista. Os bancos ficaram mais largos, proporcionando mais conforto. O modelo avaliado pelo Jornal do Automóvel mostrou que é bom de curva e ágil nas retomadas, mas consome mais do que o desejado. (BN)

FICHA TÉCNICA

Motor

: dianteiro, transversal, alimentação por injeção eletrônica multiponto seqüencial, comando de válvulas no cabeçote

Cilindrada:

1.998 cm³

Potência (cv):

Gasolina:

121 cv a 5.200 rpm

Álcool:

127,6 cv a 5.200 rpm

Torque (kgfm)

Gasolina:

18,3 mkgf a 2.600 rpm

Álcool:

19,6 mkgf a 2.400 rpm

Taxa de compressão

: 11,3:1

Câmbio Manual de 5 marchas à frente sincronizadas Automático de 4 marchas à frente (3 programas: Econômico/Esportivo/Inverno)

Comprimento (m)

Hatch:

4,19 Sedan: 4,34

Largura (m)

Hatch:

1,70 Sedan: 1,70

Altura (m)

Hatch:

1,43 Sedan: 1,42

Entre-eixo (m)

Hatch:

2,61 Sedan: 2,61

Peso (kg)

Hatch:

(2 portas: 1.150 ; 4 portas: 1.180)

Sedan:

1.190

Tanque (l)

: 52

Suspensão dianteira

: Independente, McPherson, com braço de controle ligado ao subchassis, molas helicoidais com compensação de carga lateral, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás e barra de torção ligada à haste tensora

Suspensão traseira

: Semi-independente, viga de torção soldada com 2 braços fundidos de controle, molas tipo barril com diâmetro variável e progressiva, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás

Freios Discos ventilados dianteiros, discos traseiros (Na versão Elite: sistema de freios anti-blocante

(ABS) de 5.ª geração)

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