Os recentes aumentos nos preços dos transportes levaram à aceleração na taxa do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que passou de 0,24% para 0,33%. A informação é do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. De acordo com ele, houve elevações de preços mais intensas em praticamente todos os principais tipos de transportes urbanos, na passagem do IPC-S de até 30 de novembro para o indicador de até 7 de dezembro.
É o caso de ônibus urbano (de 0,25% para 2,15%); metrô (de 0,25% para 2,15%); trem (de 0,27% para 2,15%); táxi (de variação zero para 1,36%) e van (de 0,22% para 1,87%). Braz informou que esse cenário puxou para cima o subgrupo transporte público urbano (de 0,22% para 2,03%) – que, por conseqüência, levou ao fim da deflação no grupo Transportes como um todo (de -0,16% para 0 61%).
"Se o grupo Transportes tivesse repetido a mesma taxa (da quadrissemana anterior), o IPC-S teria subido 0,20% e não 0,33%" afirmou o economista. Além disso, de acordo com ele, o setor de transportes também foi influenciado pela queda mais fraca nos preços de combustíveis, como álcool (de -1,79% para -1,45%); e gasolina (de -0,64% para -0,62%). Isso porque a chamada "supersafra" de cana-de-açúcar não está mais no seu auge, o que diminui a oferta de cana e seus derivados, como o álcool. Já a gasolina é influenciada pelo comportamento do álcool – visto que a porcentagem de álcool na formação da gasolina é de 23%.


