Aumentam reclamações contra agências de emprego, diz Procon

No primeiro semestre deste ano, o Procon-PR realizou 182 atendimentos referentes a reclamações de agências de emprego ou de recolocação de mão-de-obra, o que eqüivale a um aumento em torno de 40%, em relação ao mesmo período do ano passado. Os problemas mais recorrentes são de serviços não executados e não cumprimento ou cancelamento de contratos.

Nesse sentido, valem algumas recomendações do Procon para que problemas sejam evitados. “Em primeiro lugar”, explica o coordenador Algaci Túlio, “é preciso observar que os anúncios de empresas de recolocação criam expectativas para quem está procurando emprego. A forma de atração é a oferta de vagas, nem sempre reais. Há também omissão das informações sobre a cobrança dos serviços, os quais têm um custo elevado, principalmente para quem está desempregado”.

As agências de recolocação prestam uma espécie de assessoria e trabalham apenas com a possibilidade de uma vaga, sem garantia de que ela vai existir. “Por isso, é preciso avaliar muito bem o contrato e a real necessidade de um intermediário para arrumar emprego”, completa Túlio.

Anúncios

Alguns anúncios veiculados são enganosos, pois a informação de caráter publicitário, geralmente omite dados, induzindo o consumidor a erro, o que infringe o Código de Defesa do Consumidor. O Procon, portanto, alerta o consumidor para que preste muita atenção nos anúncios de bancos de emprego, observando se o número de telefone ou caixa postal repete-se em anúncios diferentes. Se isso acontecer, trata-se, provavelmente, de uma firma de recolocação profissional e não de uma empresa oferecendo emprego.

Para evitar surpresas desagradáveis a orientação é a de que o consumidor não mande currículos, quando apenas o número da caixa postal é divulgado, pois informações pessoais estarão sendo repassadas a um desconhecido. Se opção é a de contratar o serviço, o contrato deve ser lido atentamente para saber quais são os serviços oferecidos e nenhum documento pessoal deve ficar retido no local. “O mais importante é não assinar notas promissórias ou qualquer documento em branco”, alerta Túlio. O interessado também deve observar se existe cláusula que permite rescisão do contrato e verificar as informações a respeito da forma de pagamento.

É conveniente buscar referências de pessoas que já foram contratadas por intermédio da agência e informação junto a órgãos de defesa do consumidor sobre reclamações em relação à empresa. O interessado também deve consultar o banco de dados da empresa, para saber quantas pessoas já estão incluídas em sua categoria profissional. Essas precauções podem reduzir a possibilidade de problemas na hora de arrumar um emprego.

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