Auditores do Ministério da Saúde inspecionam sala arrombada

Brasília (AE) – Auditores do Ministério da Saúde fizeram hoje uma inspeção na sala arrombada na noite de sexta-feira (04) para identificar documentos que possam ter sido furtados. Durante a tarde, checaram 170 caixas contendo projetos preparados pelo ministério e contratos de compra. Até agora, não deram falta de nenhum documento.

A análise dos auditores começou hoje, depois de a Polícia Federal (PF) terminar a perícia na sala. A equipe da pasta notou que duas caixas catalográficas (de catálogos), com referências ao conteúdo de outras 220 caixas, haviam sido remexidas. A data da documentação é variada. De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, os processos de compras e de licitação arquivados eram referentes ao período anterior a 2000. A documentação, no entanto, continha também cópias de projetos desenvolvidos recentemente. A checagem do ministério continua amanhã (09).

No local, não há sistema de segurança ou câmeras. O arrombamento foi notado por volta das 20h30 de sexta-feira, durante a ronda feita pelos vigias. De acordo com o ministério, a vigilância havia passado no local pouco tempo antes, por volta das 20 horas. Ao retornar, o vigia encontrou a porta arrombada, com a luz acesa e vários documentos de funcionários espalhados pelo chão. Um dos servidores sentiu falta de cem reais que havia deixado na gaveta da mesa.

A PF foi chamada e ontem (07) uma perícia foi feita no local. O Ministério da Saúde, por meio da assessoria, informou que, por enquanto, não há como saber se a abertura forçada tem alguma conexão com as denúncias da Operação Vampiro. Deflagrada há três semanas, a investigação da PF revelou a existência de um esquema de fraude para compra de hemoderivados e outros remédios. Entre os envolvidos, estava o ex-coordenador-geral de Recursos Logísticos do Ministério da Saúde Luiz Cláudio Gomes da Silva, um dos seis funcionários do ministério presos durante a operação. Um total de 25 funcionários do ministério foram exonerados.

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