Audiência da CPI do Banestado passa a ser reservada

A audiência pública da CPI do Banestado em que estão sendo ouvidos o procurador Luiz Francisco de Souza e o perito Renato Barbosa foi transformada em sessão reservada para que eles apresentem os nomes de servidores públicos, políticos, empresários e doleiros que teriam sido beneficiados pelas contas CC-5. Luiz Francisco e Barbosa disseram que chegaram a 269 nomes, coincidentes com os de servidores públicos e de políticos, empresários e doleiros que estariam envolvidos no esquema de evasão de divisas via Foz do Iguaçu (PR). Agora à tarde, o procurador disse que o Banco Central, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica são “verdadeiras caixas-pretas”, que negam informações ao Ministério Público.

Luiz Francisco voltou a atacar o Banco Araucária, que chamou de “banquinho tamborete”, questionando porque, no governo passado, teriam dado um presente de milhões de dólares a esse banco, que é de parentes do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC). Ele se referiu à excepcionalidade concedida a cinco bancos de Foz do Iguaçu, para movimentar recursos acima de US$ 10 mil pelas contas CC-5, entre os quais o Araucária. O procurador sugeriu a convocação do diretor da Área de Fiscalização do Banco Central e do secretário da Receita Federal para dar explicações à CPI.

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