Atlético “toma” Chivas com três pedras de gelo

Pode sonhar, torcida rubro-negra. O Atlético está muito próximo de disputar sua primeira final de Copa Libertadores da América. Depois de ontem, as coisas ficaram bem mais fáceis. Enfrentando um Chivas Guadalajara desfalcado, o Furacão não tomou conhecimento dos mexicanos e aplicou 3 a 0 sem muito esforço. Agora, pode perder até por dois gols de diferença na partida de volta para ir em busca da taça. O segundo confronto está programado para o dia 30, no Estádio Jalisco.

O foguetório na entrada do Atlético em campo antecipou o que estava por vir. Mesmo iniciando mal a partida contra o Chivas, o time de Antônio Lopes se acertou aos poucos, aproveitou os vacilos dos mexicanos e foi encontrando o espaço necessário para entrar na área adversária e furar o bloqueio do goleiro Talavera. Mas, não foi fácil. O Joaquim Américo estava lotado, a torcida jogou junto, mas foi o Guadalajara quem quase marcou o primeiro gol.

Novamente, Diego esteve bem postado para segurar o marcador. Reynoso e Palencia, principalmente este último, ameaçaram a meta atleticana, mas o arqueiro fez boas defesas. No entanto, o bom toque de bola do Chivas e o nervosismo inicial do Rubro-Negro trocaram de lado. Os mexicanos começaram a errar demais e o Furacão se aproveitou.

Depois de algumas tentativas com Lima e Danilo, o Atlético encontrou o caminho do gol. Primeiro, André Rocha aproveitou uma bola espirrada pela defesa e cruzou na medida para Aloísio fazer o que mais sabe. Festa na Arena. O jogo ficou sob controle e o segundo gol era questão de um maior capricho, mas veio de falta. Fernandinho, em seu 100.º jogo com a camisa rubro-negra chutou forte, a bola desviou na zaga e enganou Talavera.

Perdendo por dois, o técnico Galindo apelou para mais um atacante em campo. A tática suicida não deu certo e o Atlético passou a dominar a partida. No grito da galera, o time foi para cima e deu trabalho para o espalhafatoso goleiro Tavalera. De camisa rosa e tudo, ele foi tirando as bolas que podia. De cabeça e de perto, suas defesas salvaram o Chivas de tomar mais gols.

Isso até o meia Fabrício acertar um petardo do meio da rua. A bola foi no ângulo e premiou o armador. Com três de vantagem, a Arena passou a tremer, tremer de alegria e felicidade. A torcida cantou, o time tocou a bola com maestria e os mexicanos foram se conformando com a derrota iminente. Nem o árbitro acreditou muito numa recuperação das ?Cabritas? e encerrou a partidas aos 45 em ponto. Mesmo com essa felicidade, o Rubro-Negro agora se prepara para enfrentar o Fortaleza, às 16h de domingo, no Couto Pereira, com portões fechados.

COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA
Semifinal jogo de ida
Local: Arena
Árbitro: Rubén Selman (Fifa-CHI)
Assistentes: Lorenzo Acuña (Fifa-CHI) e Rodrigo González (Fifa-CHI)
Gol: Aloísio aos 23 e Fernandinho aos 44 do 1.o tempo; Fabrício aos 34 do 2.o tempo
Cartão amarelo: Fernandinho, Lima, Reynoso, Aloísio, Garcia, Alfaro, André Rocha
Renda: R$ 509.864,50
Público pagante: 21.946
Público total: 23.014

Atlético 3 x 0 Chivas Guadalajara

Atlético
Diego; Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão; Cocito, André Rocha, Fabrício e Fernandinho (Ticão); Lima (Jorge Henrique) e Aloísio. Técnico: Antônio Lopes.

Chivas Guadalajara
Talavera; Garcia, Reynoso e Rodriguez; Medina, Sol, Alfaro e Aguayo (Borboa); Peralta (Parra), Palencia e Vela. Técnico: Benjamín Galindo.

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