Atleta do tae kwon do defenderá título mundial frustrada

Driblar adversidades é o que Natália Falavigna, campeã mundial de tae kwon do na categoria até 72 kg, tira de letra. Mas está frustrada com a falta de incentivo para sua modalidade.

Por falta de verba, não teve como disputar o circuito europeu este semestre – ficou 4 meses sem competir fora do País, o que seria fundamental, diz, para chegar bem preparada a Pequim para o Mundial, em maio, a fim de defender o título mundial que ganhou em 2005.

‘A Confederação só vai pagar a viagem para a China. As outras, que estavam no calendário, não saíram. Não deram muita explicação, só falaram que foi por falta de retorno financeiro. Tentei outros contatos, mas fiquei sem resposta’, diz Natália.

Outros dois atletas da equipe brasileira, Diogo Silva e Márcio Wenceslau, foram à Europa sem nenhuma condição. ‘Foram sem dinheiro suficiente até para comer Miojo, sem saber onde dormir. Prefiro não arriscar. Estou numa posição em que tenho de chegar bem aos torneios, onde as adversárias estão me observando. Essas condições podem influir no resultado.

Mesmo desapontada, a atleta acredita em seu potencial. ‘Fiz meu trabalho, conheço minha capacidade. Arrisquei um tipo de treinamento para ver, no Mundial, se dará resultado no Rio’, diz ela, que disputará seu 1º Pan.

A principal rival de Natália no Mundial é a inglesa Sarah Stevenson, derrotada pela brasileira na decisão do título mundial. ‘Ela disputou o circuito europeu e foi bem. É isso que me deixa… não digo nervosa, mas é pena eu não ter um calendário profissional. Ela vai chegar motivada e eu tenho de me motivar pela dificuldade.

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