Ataque do PCC não muda rotina na Secretaria da Fazenda

As portas da Secretaria da Fazenda, na Rua Rangel Pestana, amanheceram interditadas. O prédio também foi alvo dos ataques do PCC na madrugada de hoje em São Paulo. Três jovens usando calças jeans, jaquetas pretas e bonés lançaram duas bombas caseiras no saguão de entrada e fugiram num Renault Clio preto. Ninguém ficou ferido.

Apesar de os estilhaços dos vidros permanecerem espalhados pelo hall de entrada por toda a manhã, a rotina dos funcionários e do público pouco mudou. A entrada foi desviada para uma porta lateral e o atendimento ocorreu normalmente tanto nos guichês como nas agências bancárias, Poupatempo e agência dos Correios que funcionam dentro do prédio. Apenas o serviço relacionado a transferência de impostos de transação de bens, no primeiro andar, demorou a abrir. A seção fica próxima a uma janela que teve os vidros quebrados.

"Fiquei assustada quando cheguei aqui. Eu não sabia", disse a advogada Camilla Zanbroni. Mas quando soube que o serviço não parou, o sentimento foi de alívio. "Não tinha jeito de voltar outro dia." O que mudou, para a advogada, foi o movimento abaixo do normal e a demora no atendimento. Esperou mais de 40 minutos para ser chamada quando, nos dias comuns, aguarda 10.

O controlador Deni Hamilton Peres, que trabalha na Secretaria da Fazenda, estava indignado com o ataque. "É um absurdo. Virou o caos." Ele soube da notícia dos atentados pela televisão, antes de ir trabalhar. Ligou para os colegas e foi avisado de que o funcionamento ocorreria normalmente.

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