A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mantém a projeção de crescimento real de 1% nas vendas dos supermercados neste ano. No mês passado, a entidade cogitou reduzir a estimativa para 0,6%. No entanto, mudou de opinião depois do início da reversão da queda das vendas, observado em setembro.

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Após a alta de 2,12% em setembro, a Abras avalia que o desempenho de outubro tenha mantido esse mesmo patamar. Na avaliação da entidade, a estimativa de alta de 15% nas vendas do Natal e de 5% a 6% nas vendas de dezembro também contribuirão para o alcance do resultado no ano.

Segundo o presidente da Abras, João Carlos Oliveira, a entidade previa um resultado negativo de 1,5% nas vendas de setembro, mas o efeito calendário observado no período, com cinco finais de semana, foi um dos pontos destacados para o resultado positivo no mês. Além disso, Oliveira informou que também influenciou o desempenho do crescimento real de 1,03% em relação a agosto no valor da Cesta Abras Mercado, que inclui 35 produtos de amplo consumo no setor.

Natal

Em sondagem com 70 redes, que representam cerca de 70% do faturamento de todo o setor, a Abras aponta que 45% das empresas deverão aumentar as encomendas para o Natal deste ano e 55% prevêem volume semelhante ao verificado em igual período de 2005. Nenhuma das empresas participantes informou se pretende realizar pedidos menores. "Isso mostra um otimismo do setor", afirmou Oliveira.

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Na categoria de brinquedos, 63% dos entrevistados informaram que pretendem manter o mesmo nível de encomendas; 32% vão comprar cerca de 10% mais que o total adquirido no Natal de 2005. Apenas 5% estimam encomendas 2% menores. Para os panetones, 73% esperam elevar em 13% as compras do produto. As encomendas de frutas nacionais de época terão alta de 14% para 55% das companhias. As de frutas secas deverão ter incremento de 12%, na estimativa de 38% das entrevistadas. Em relação ao segmento de aves, 49% prevêem manutenção; 48%, aumento de 8%; e somente 3% disseram que as compras vão ser inferiores às do mesmo período do ano passado.

As bebidas natalinas nacionais deverão ter encomendas 13% superiores, de acordo com 47% das empresas. Para os vinhos nacionais, o aumento, previsto por 43%, das entrevistadas é de 12%. Em relação ao segmento de cerveja e refrigerante, 72% das participantes da sondagem revelaram que planejam fazer pedidos 12% acima dos realizados em igual período do ano passado.

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