O presidente nacional do PSB, Miguel Arraes, negou há pouco que a reunião convocada para hoje à tarde com os candidatos do partido a presidente da República, Anthony Garotinho, e a vice-presidente, José Antônio de Almeida; o vice-presidente e o secretário-geral do partido, Roberto Amaral e Carlos Siqueira, seja para anunciar a renúncia do ex-governador do Rio à candidatura. Segundo Arraes, essa hipótese ?não existe?. Ele afirmou que as pressões pela renúncia, lideradas pelos candidatos do PSB aos governos da Bahia, Lídice da Mata, de São Paulo, Jacó Bittar, e do Rio Grande do Norte, Wilma Faria, ?são isoladas?.
O presidente do partido negou que o objetivo de Garotinho seja transformar seu discurso numa evangelização para conquistar os votos dos cerca de 18 milhões de evangélicos que existem no Brasil. ?Não concordo com a evangelização?, disse Arraes. ?Não tem o menor sentido falar só com evangélicos. Não sei se o discurso dele está sendo evangelizado. Devemos falar para todos os brasileiros: católicos, espíritas e adeptos do candomblé?.
O coordenador da campanha de Garotinho, Márcio França, já havia confirmado o objetivo de ?evangelização? nos discursos de Garotinho. De acordo com França, o partido vai trabalhar para incentivar a adesão de evangélicos à campanha, montando comitês familiares ligados às igrejas evangélicas. Segundo ele, o objetivo é conquistar os votos de pelo menos 14 milhões dos 18 milhões de evangélicos existentes no Brasil. Até o momento, Garotinho ainda não chegou para a reunião, que será realizada na sede nacional do PSD, na Asa Norte, em Brasília.
