Argentinos fazem boa avaliação de novo presidente do BC

A indicação de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central (BC) foi recebida com otimismo pelos analistas argentinos mas também com algumas dúvidas. O economista da consultoria Maxinver, Hernán Fardi, disse que o fato dele ter sido presidente mundial do BankBoston “indica que Lula manteve a linha de por gente de mercado, o que é muito positivo”.

Porém, Fardi ressalta que Meirelles também é político, “e isso gera muitas dúvidas sobre como irá atuar: mais como técnico ou mais como político”. Para o analista, “o fato dele ser um deputado, significa que sua orientação é mais política, o que pode gerar muita resistência dos mercados e desconfianças”. No entanto, Hernán Fardi acredita que os mercados ficarão de stand by para ver a atuação de Meirelles. “Pessoalmente, eu acredito que se ele usar bem sua parte política e a técnica, poderá chegar a ser muito bom, principalmente num governo como o de Lula que aponta para a busca de um equilíbrio entre o mercado e o social”, concluiu.

Para o vice-presidente da Bolsa de Buenos Aires, Luis Corsiglia, “a impressão é positiva e a escolha demonstra a opção por um técnico, embora seja também um político”, afirmou comparando com a indicação de Alfonso Prat Gay para o BC argentino: “A opção por Meirelles é como a nossa por Prat Gay, ambos são técnicos e isso significa que se poderá gerar maior confiança dos mercados em relação aos nossos países, já que poderemos ser mais previsíveis”, concluiu.

De qualquer forma, a indicação de Meirelles para o BC ainda não está sendo discutida amplamente pelos analistas argentinos que estão mais preocupados em saber quanto tempo de mandato o Senado dará ao economista Alfonso Prat Gay para presidir o BC argentino.

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