Brasília – Exportadores brasileiros poderão retomar as vendas para a Argentina de produtos com ingredientes lácteos, como chocolates e biscoitos. O Serviço Nacional de Sanidade Animal (Senasa) da Argentina aceitou rever as restrições que valiam desde 2003 para controle da Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), conhecida como mal da vaca louca. O governo argentino exigia certificado adicional atestando que o rebanho brasileiro é livre dessa doença para permitir a entrada das mercadorias.
Os técnicos do Ministério da Agricultura argumentaram – e a Argentina aceitou – que tal imposição não tinha amparo nas regras da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Representantes dos dois países também discutiram a liberação das exportações de carnes do Brasil para a Argentina, suspensas desde outubro, por causa dos focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul.
Resposta
De acordo com informações da Assessoria de Imprensa do ministério, o Senasa se comprometeu a responder "o mais rápido possível" ao pedido de liberação das exportações de carne suína do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para Buenos Aires. Os técnicos argentinos disseram já ter recebido as informações solicitadas para fazer a análise de risco do ingresso da carne suína naquele mercado. A Argentina também deverá enviar ao governo brasileiro um modelo de certificado sanitário, para operacionalizar as exportações.
Ficou acertado que os dois países vão adotar um certificado único para regular o comércio bilateral de mercadorias lácteas, como leite e queijos. Sobre o comércio de carne bovina, os argentinos informaram ter enviado proposta de modelo de certificação sanitária para exportação de carne de gado produzida no Rio Grande do Sul e Santa Catarina para aquele país.