Vai começar em outubro a construção do Gasoduto do Nordeste, que garantirá o fornecimento de 27,7 milhões de metros cúbicos de gás natural boliviano para a Argentina por dia, durante 20 anos.
A parceria foi acertada hoje (26) entre os ministros da Planificação da Argentina, Julio De Vido, e de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, Carlos Villegas Quiroga, em reunião na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra.
Esse volume é superior ao que o Brasil importa da Bolívia atualmente. No ano passado, o país consumiu cerca de 26 milhões de metros cúbicos diários de gás natural boliviano, segundo o Ministério de Minas e Energia, através de um gasoduto concluído no ano 2000 o que Bolívia e Argentina vão construir deve ficar pronto em 2009.
A licitação começará em junho e será aberta a empresas argentinas e bolivianas. O investimento previsto é de aproximadamente US$ 1,5 bilhão.
É um acordo muito importante porque prevê uma data para o início da construção do gasoduto e da planta separadora de líquidos, afirmou De Vido.
A planta será construída em Yacuiba, no sul da Bolívia, custará cerca de US$ 400 milhões e será paga inteiramente pela Argentina
A ampliação da infra-estrutura entre os países sul-americanos é tema recorrente nos últimos tempos. Em janeiro deste ano, a Petrobras e a estatal de petróleo venezuelana (PDVSA) assinaram uma carta de intenções para agilizar os estudos sobre a viabilidade do primeiro trecho do Gasoduto do Sul.