Apresentação de relatório da CPI foi adiada para permitir consenso

Com o objetivo de evitar disputas políticas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios faz os últimos ajustes no relatório final. De acordo com o sub-relator para fundos de pensão, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), a prorrogação do prazo de apresentação do relatório se deve a uma decisão metodológica em busca de uma agenda de consenso para votação do texto.

A leitura do relatório, que estava marcada para hoje, foi adiada para amanhã (29). Questionado sobre a possível existência de um relatório alternativo elaborado pela base governista, o deputado baiano disse que essa seria uma "estratégia equivocada".

Para ele, o relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), está se comportando com "equilíbrio, isenção e imparcialidade". "Temos que dar confiança naquilo que ele for capaz de produzir como relatório final. Pelo menos o PFL e certamente o PSDB estão fechados com o texto que o deputado Osmar apresentar", disse ACM Neto.

O deputado Renato Casagrande (PSB-ES), da base governista, defende que o relatório traduza a realidade e mostre que o esquema investigado pela comissão não foi "inventado nesse governo".

"A realidade é que teve início lá em Minas Gerais com o senador Eduardo Azeredo na campanha de 98. E eu acho que o relatório tem que traduzir a partir de lá e tem que ser fidedigno", observou Casagrande.

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